NANOPARTÍCULAS DE ÁCIDO POLI LÁTICO-CO-GLICÓLICO FLUORESCENTES PARA POTENCIAL VETORIZAÇÃO DE FÁRMACOS E BIOMOLÉCULAS ATRAVÉS DE BARREIRAS BIOLÓGICAS
Nanopartículas, funcionalização, Doxorrubicina, nanoprecipitação, fluorescência.
A principal limitação do tratamento do câncer são os efeitos indesejados causados pela distribuição inespecífica de fármacos antineoplásico para todos os tecidos. Neste contexto, a doxorrubicina (DOX), é um antineoplásico altamente potente usado contra um amplo espectro de tumores sólidos. As nanopartículas poliméricas funcionalizadas catiônicas (NPs) demonstraram capacidade para superar barreiras biológicas, aumentando a eficácia e reduzindo os efeitos colaterais de fármacos e biomoléculas. O objetivo deste estudo foi obter nanopartículas de poli (latico-co glicolico) carregadas positivamente ligadas a um corante fluorescente, para potencial tratamento e monitoramento da eficácia de medicamentos antineoplásicos. Utilizou-se o cloridrato de doxorubicina como molécula modelo para este estudo, utilizou-se polietilenoimina hiperRamificada (PEI) 25 kDa como agente catiônico para funcionalização da superfície. O método de nanoprecipitação foi otimizado para a obtenção de NPs biodegradáveis contendo DOX e com tamanho reduzido. Deste modo, foram testados diferentes tensioativos, tais como o polissorbato 80 e 85, monooleato de sorbitano 80, álcool polivinílico (PVA), e os poloxâmeros 188 e o 407. Diferentes composições de nanopartículas com diferentes sistemas teensoativos bem como, a razão PLGA / PEI foram testados. Para obter NPs fluorescentes, o polímero foi ligado covalentemente ao isotiocianato de fluoresceína (FITC) e foram obtidas nanopartículas utilizando o polímero modificado. As partículas estabilizadas com poloxâmeros 188, utilizando a razão PEI:PLGA razão 1: 5 exibiram distribuição de tamanho uniforme em torno de 60 nm e potencial zeta de +17,1 mV, e biocompatíveis para células vero. A fluorescência também foi comprovada por imagens de microscopia de fluorescência, espectroscopia de infravermelho e citometria de fluxo. Os dados experimentais discutidos nesta abordagem demonstraram a viabilidade de nanopartículas de PLGA biocompatíveis duplamente funcionalizadas para a terapia potencial do cancro e para monitorizar a eficácia do fármaco através de estudos preliminares em linhagens de células tumorais de fígado (HepG2) e de rim (786-0) e células não tumorais de rim (HEK293T).