TERRITORIALIDADES LGBTQIA+ NA EDUCAÇÃO BÁSICA: A OFICINA COMO FERRAMENTA DE LUTA E RESISTÊNCIA.
Oficina, Territorialidade LGBTQIA+, Ensino de Geografia, Gênero.
Esta pesquisa trás como objeto de estudo o espaço escolar a partir das práticas espaciais de alunos LGBTQIA+, considerados desviantes aos padrões socioculturais heteronormativos e hegemônicos. Neste sentido, elege-se o conceito de Território (e seus derivativos: territorialidades e territórios vividos) como guia para tal estudo, visto que tais práticas espaciais se tornam experiências “marginais” pois implicam a transposição de fronteiras, conflitos e são constituídas a partir de relações de poder. O produto final é uma Oficina de caráter interdisciplinar que aborda conteúdos que articulem relacionem Geografia, Gênero e Sexualidade no Ensino Fundamental II, fundamentados na BNCC (2015) e nos Temas Transversais (dos Parâmetros Curriculares Nacionais). A fundamentação teórica gravita em torno dos conceitos de Território, Gênero e Sexualidade e da concepção de Geografia Maldita, tendo como referências: TUAN (1985); RAFFESTIN (1993); SILVA et all. (2013); THIOLLENT (1986); RIBEIRO (2017); VENCATO (2014); ABRAMOVAY (2015), DE SOUZA (2013); MOORE (2000); BOURDIEU (1999); BUTLER (2003); LOURO (2004); JUNQUEIRA (2009); WALTRIK (2018), além dos documentos que fundamentam e norteiam a educação brasileira. A metodologia utilizada baseia-se na pesquisa-ação, presente no cotidiano de muitos professores, e se desdobra em um conjunto de práticas educativas a partir de uma realidade vivida. Como resultado, se dará a análise da aplicação da oficina, entendida como produto educacional que orienta e fundamenta a luta pelo respeito, pela diversidade no ambiente escolar e o fortalecimento das territorialidades de educandos LGBTQIA+.