Contando, Lendo e (Re)escrevendo Lendas urbanas: uma experiência com alunos de 7º ano do noturno
Ensino de Língua Portuguesa. Leitura. Escrita. Gêneros discursivos. Lenda Urbana.
Sabendo da tamanha dificuldade que os discentes enfrentam quando é solicitada deles uma escrita autoral e que o ensino de Língua Portuguesa tem como uma de suas finalidades fazer com que os alunos desenvolvam e ampliem seus saberes linguísticos/discursivos para que possam usá-los de maneira adequada nas diversas situações do convívio social de forma crítica e posicionada e pautados nas teorizações do Círculo de Bakhtin que entendem a linguagem como constitutiva do sujeito e que se realiza por meio de enunciados concretos que emergem das/nas situações de enunciação, propomo-nos a apresentar um trabalho, por meio de protótipos didáticos, dos quais trata Rojo (2012), pautados em um ciclo de oito oficinas com o gênero lenda urbana em uma turma de 7º ano da escola de rede pública de ensino Escola Estadual Padre João Maria, situada à Zona Norte de Natal/RN. Esse trabalho se configura como pesquisa-intervenção no âmbito do Mestrado Profissional em Letras-ProfLetras. Para tanto, consideramos que as histórias de terror, das quais a lenda urbana faz parte, sempre estiveram presentes na sociedade ao longo de toda a sua existência, servindo como fonte de preservação cultural e como forma de suscitar o imaginário dos indivíduos, permitindo-lhes adentrar o mundo fictício, revelando, assim, um papel social bastante importante, haja vista que a lenda urbana permite a salvaguarda da memória dos povos e a valorização, para além do registro escrito, sobretudo, mas não somente, da modalidade oral da língua. Nosso trabalho se insere na pesquisa qualitativa-interpretativista e se configura como pesquisa-intervenção. Tal perspectiva permite compreender a nossa pesquisa como construída no processo com sujeitos constituídos historicamente e a escola como espaço de formação situada para aqueles que nelas atuam.