Obtenção e Caracterização de Dióxido de Estanho Nanoestruturado pelo Método de Síntese Contínua por Combustão em Solução
dióxido de estanho, síntese contínua por combustão em solução, nanopartículas
A Síntese Contínua por Combustão em Solução (SCCS) foi empregada na obtenção de pós de dióxido de estanho nanoestruturados. Basicamente, uma solução precursora é preparada, sendo posteriormente atomizada e aspergida na chama, onde ocorre a sua combustão, levando à formação das partículas. A técnica apresenta um grande potencial na produção de nanopartículas, principalmente pelo baixo custo de equipamentos e insumos. O dióxido de estanho (SnO2) nanoestruturado tem sido amplamente utilizado em diversas aplicações, principalmente como sensores de gás e varistores. A preferência por um material nanoestruturado deve-se ao fato de que essas entidades apresentam propriedades diferentes dos materiais usuais. Neste trabalho, foram empregados como solução precursora cloreto de estanho dihidratado diluídos em álcool etílico anidro. Foi utilizada a razão molar de Ca/P de 0,75 no intuito de investigar sua influência na microestrutura do material obtido. A temperatura da chama foi mantida constante, com fluxo da solução precursora de 3 mL/min. As análises por difração de raios X indicaram que a solução precursora de razão molar Ca/P de 0,75 leva a um pó cristalino, com a fase majoritária dióxido de estanho. Parâmetros de síntese como distância da chama com o atomizador, distância do sistema de captação com a chama piloto, razão molar e fluxo da solução precursora não afetaram a presença da fase dióxido de estanho no pó obtido. Na caracterização do pó obtido, foram utilizadas técnicas como análises termogravimétricas (ATG) e termodiferenciais (ATD), granulometria por difração de laser (GDL), análise cristalográfica por difração de raios X (DRX), morfologia por microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia eletrônica de transmissão (MET), área superficial específica (BET) e caracterização elétrica. Os resultados comprovam que o SnO2 apresenta comportamento de um material semicondutor, sendo um material potencialmente promissor à aplicação como varistor e sistemas sensores à gases.