Obtenção de filtro cerâmico a partir da diatomita e casca de arroz carbonizada visando tratamento de efluente têxtil.
Filtro Cerâmico, Casca de Arroz, Diatomito, Efluente.
Os efluentes liberados pela a indústria têxtil possuem altas concentrações de álcalis, carboidratos, proteínas, além de corantes contendo metais pesados. Portanto, foi produzido um filtro visando principalmente a remoção da cor. Para sua obtenção foi usado a casca de arroz carbonizada e a diatomita, que possuem basicamente sílica amorfa hidratada na estrutura. A sílica apresenta-se sob três formas cristalinas: quartzo, tridimita e cristobalita. De acordo com as considerações citadas, este estudo foi divido em duas etapas, a primeira etapa corresponde a obtenção do filtro e a segunda parte a realização dos ensaios no efluente/filtro, tendo em vista verificar a eficiência da remoção da cor. Primeiramente, a matéria-prima foi submetida a uma análise quím ica e de DRX, em seguida o diatomito foi misturado, via úmido, em um moinho planetário com 20 %, 40 %, 60 % e 80 % de cinza de casca de arroz. Foi adicionada a mistura 3 a 5 % de ligante CMC. Os corpos de prova foram compactados uniaxialmente a uma pressão de 50 MPa através de prensa hidráulica e posteriormente sinterizados em temperaturas de 1.000ºC, 1.200ºC e 1.400ºC por 1 h e submetidos a ensaios de retração linear, absorção de água, porosidade aparente, resistência à flexão e DRX. Para analisar a estrutura de poros das amostras foi utilizado um microscópio eletrônico de varredura (MEV) e foi realizados ensaios em um porosímetro de mercúrio para verificar o tamanho médio dos poros. Na segunda etapa, foi feito a coleta das amostras do efluente de uma empresa, cujo nome será preservado, alocada em Igapó – RN. O efluente sofre u um pré-tratamento antes da filtração sendo submetido a uma flotação. Sendo caracterizado antes e depois da filtração, com parâmetros de cor, turbidez, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, pH, demanda química e bioquímica de oxigênio (DQO e DBO). Assim, através da analise de DRX, foi observado a formação de cristobalita α e o tamanho médio de poro foi de 1,75 μm e a porosidade aparente foi de 61,04 %.