ESTUDO DO STRESS CRACKING EM RESINA EPÓXI
epóxi, dutos, stress craking, compósitos e fluidos agressivos.
A integridade e a estabilidade de dutos são a maior prioridade devido às suas consequências catastróficas no infeliz evento de falha. A resina epóxi é frequentemente usada como matriz em materiais compósitos reforçados com fibra de vidro, para revestimento e fabricação de dutos na presença de uma ampla variedade de fluidos. A ação simultânea de um fluido agressivo e tensões mecânicas em materiais poliméricos gera um fenômeno denominado enviromental stress cracking (ESC), que está associado ao aparecimento e desenvolvimento de microfissuras na estrutura do material. Os principais agentes atmosféricos causadores dos ataques ambientais são a temperatura; umidade relativa do ar; efeitos de radiação ultravioleta; exposição química a ambientes ácidos, básicos; água salina; combustível e gases. Já as tensões mecânicas são originadas dos esforços que atuam na estrutura como, por exemplo: tração, compressão e cisalhamento. A vida útil de compósitos de resina epóxi e fibra de vidro, em ambientes ácidos, salinos e básicos recentemente recebeu interesse considerável por causa de seu uso a longo prazo em tubulações de efluentes e plantas químicas. Como existem poucos estudos na literatura que investiguem o enviromental stress cracking em compósitos de resina epóxi e fibra de vidro, a proposta deste trabalho, nesse primeiro momento, é avaliar o desenvolvimento do enviromental stress cracking (ESC) em resina epóxi, em condições estáticas e dinâmicas, em ambiente salino e básico e posteriormente evoluir o entendimento para o material compósito. Para isso, o comportamento mecânico na presença de solução salina de NaCl (5%) e de solução alcalina de NaOH (5%), foi investigado através do ensaio de tração. Também foi realizado o ensaio de fadiga com 70% e 90% da tensão máxima de escoamento da resina, a fim de avaliar previamente o seu comportamento em condição dinâmica. Os resultados mostraram que o comportamento mecânico da resina epóxi é afetado pelo ambiente alcalino (NaOH) e pela exposição ao ambiente salino (NaCl). O resultado de DMA indicou que alterações no processo antes da cura da resina epóxi influenciou suas propriedades térmicas e mecânicas. E as análises de FTIR não informaram mudanças nos espectrômetros das amostras na presença do fluido agressivo.