Avaliação de peças de poli(ácido lático) (PLA) impressas para aplicações biomédicas
Biomateriais, PLA, Impressão 3D, Biodegradação
O poli (ácido láctico) (PLA) tem propriedades atrativas para o uso na área biomédica devido à sua biocompatibilidade, que pode ser definida como a habilidade de um material em interagir com tecidos vivos sem apresentar toxicidade. O PLA é biodegradável, já que é capaz de ser desintegrado por agentes biológicos, sendo também bioreabsorvível, já que o produto da sua degradação participa do processo metabólico do organismo humano. Dentre as técnicas de fabricação de peças de PLA para aplicações biomédicas, a impressão 3D destaca-se como promissora, principalmente devido à possibilidade de produção de peças personalizadas e individualizadas, além de produção por prototipagem com alto nível de detalhamento. Entretanto, mais estudos envolvendo a alteração de propriedades do material quando em contato com meio biológico ainda são necessários para avaliar a aplicação de peças em dispositivos implantáveis. Este trabalho teve por objetivo avaliar alterações de propriedades de peças de PLA fabricadas através de impressão 3D quando imersas em solução fosfato salina pelos períodos de 7, 14 e 30 dias. As amostras foram avaliadas com relação à alteração de massa, alterações químicas (espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier – FTIR), alterações nas temperaturas de transição vítrea e de cristalização (calorimetria diferencial exploratória - DSC), alterações em propriedades dinâmico-mecânicas (análise dinâmico mecânica – DMA), ensaios mecânicos em flexão em 3 pontos e de fadiga. Os resultados mostraram alteração de massa para valores superiores após imersas por 7 dias e inferiores para as amostras imersas por 14 e 30 dias. Os resultados sugerem alterações químicas, alterações de temperatura de transição vítrea, redução na vida em fadiga de amostras imersas em solução fosfato salina quando comparado ao material não imerso.