Estudo do polimento de águas residuárias utilizando diferentes rotas de sínteses químicas para obtenção de nanopartículas de Ag/g-Al2O3 e Ag/ZnO com propriedades bactericidas
nanopartículas, alumina, óxido de zinco, prata, impregnação, hidrotermal por micro-ondas, sonoquímica, atividade bactericida.
A progressiva demanda por água tem feito do tratamento e reutilização de efluentes um tema de relevância mundial. Considerando tal situação, vem sendo feita investigação do uso de materiais nanométricos para obtenção de nanocompostos com propriedades anti-bacterianas. Na busca destes novos materiais, várias metodologias e técnicas de preparação têm sido desenvolvidas com o objetivo de controlar as formas e tamanhos das partículas e, consequentemente, melhorar e otimizar suas propriedades. Este trabalho consiste na obtenção, caracterização e avaliação antibacteriloógica de nanocompostos obtidos pela impregnação da prata (Ag) na alumina comercial (g-Al2O3) e óxido de zinco (ZnO) por intermédio de diferentes rotas de sínteses: métodos hidrotermal assistido por micro-ondas, sonoquímico e associação do sonoquímico e hidrotermal, destinados a desinfecção de águas residuárias, para reuso não potável. Realizou-se um estudo comparativo entre as nanopartículas g-Al2O3 e ZnO sintetizada via métodos sonoquímico e hidrotermal por micro-ondas, averiguando a influência da composição e distribuição do tamanho de partículas nas propriedades destas. Foram testadas impregnações de 4%, 8%, 12% e 16% de Ag na g-Al2O3 e no ZnO. Aplicou-se os compostos em efluente proveniente de tratamento secundário de ETE e em seguida avaliou-se através de análises bacteriológicas, a eficiência na remoção de indicadores patogênicos de contaminação. Os resultados mostraram que o percentual de eficiência do nanocomposto atingiu os mesmos padrões de remoção de Coliformes totais, Coliformes termotolerantes e E. coli das técnicas já consagradas de desinfecção. A inalteração dos parâmetros de rede dos nanocompostos após as síntese, associado aos resultados de DRX, FRX e análise granulométrica, confirmaram a impregnação da prata nos óxidos. Nesse primeiro momento, houve viabilidade na aplicação do nanocatalisador produzido para a desinfecção de efluentes provenientes de tratamento secundário de ETE com a finalidade de reuso não potável.