Formulação e caracterização de misturas cimentícias secas para poços de petróleo onshore
Misturas secas, cimentação, onshore.
Misturas secas para cimentação de poços de petróleo têm gerado bastante interesse pelo simples fato de colaborar com as operações de cimentação, já que é adicionado somente água na mistura para obtenção da pasta de cimento. Com o intuito de verificar se as propriedades da mistura seca atendem de forma efetiva as necessidades as quais são requeridas em campo, esse trabalho tem como objetivo simular o transporte e possíveis manuseios a que sejam submetidos a mistura seca. Para isso foi projetada uma coluna em formato cilíndrico com canos de PVC à qual a mistura seca foi acondicionada, sendo posteriormente vibrada em tempos de 30, 60 e 120 minutos. Em seguida a coluna foi dividida em 3 seções, e submetida aos testes API (American Petrolleum Institute) como reologia, perda de filtrado, tempo de espessamento, balança de lama e resistência à compressão pelo método ultra-sônico (UCA)para constatar se houve diferença nas propriedades da pasta cimentante após vibração. Foram formuladas pastas que atendessem as profundidades de 400, 800 e 1200 metros para poços onshore. Os resultados demonstraram que a mistura seca teve uma reprodutibilidade satisfatória, visto que não houve migração significativa de aditivos entre as seções da coluna após vibração. Essa possível migração foi medida através dos testes API que comprovaram semelhanças de propriedades entre a pasta otimizada e as provenientes da coluna. Os resultados da análise granulométrica também reforçam o exposto acima, já que todos os componentes introduzidos na mistura seca apresentaram valores médios de tamanho de partícula entre duas e onze vezes maior que o cimento. Fator este que colaborou para obtenção de uma mistura homogênea após vibração, pois o maior tamanho de partícula dificultou uma possível migração de aditivos para seções inferiores da coluna sob vibração.