Estudo das propriedades estruturais e magnéticas de ferritas de magnésio dopadas com níquel e cobre
Ferritas; Reação de Combustão; Espinélio
Ferritas de estrutura espinélio de fórmula química (MFe2O4) desempenham um papel importante na ciência fundamental e tecnologia moderna. A ferrita de magnésio (MgFe2O4) e seus compostos dopados tem recebido atenção especial devido a sua vasta área de atuação, tais como nas aplicações em mídia de alta densidade de gravação, catálise heterogênea, adsorção, sensores e tecnologias magnéticas. Suas propriedades estruturais, elétricas e magnéticas dependem de vários fatores incluindo o método de preparação, composição química e a substituição de cátions nos sítios A e/ou B. Neste trabalho, ferritas do tipo Mg1-xBxFe2O4 (B= Ni e Cu) (0 ≤ x ≤ 1) foram preparadas através da reação de combustão assistida por micro-ondas com a finalidade de avaliar o efeito da substituição parcial do magnésio por níquel e cobre e o tratamento térmico nas propriedades magnéticas. Os pós precursores foram calcinados a 600°C, 800°C e 1000°C/2h e caracterizados por Análise Termogravimétrica (ATG), Difração de Raios X (DRX), Refinamento pelo método Rietveld, Microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Medidas de histerese magnéticas realizadas à temperatura ambiente. De acordo com as curvas termogravimétricas dos pós precursores, um comportamento semelhante foi observado para ambos os sistemas de amostras (Mg1-xNixFe2O4) e (Mg1-xCuxFe2O4), sendo verificado que o processo de perda de massa aconteceu basicamente em duas etapas e na faixa de temperatura entre 30 e 500°C. A estabilidade de massa do composto pode ser observado a partir de 500°C, com a possível formação de óxido. Os difratogramas de raios X demonstraram a formação da fase espinélio MgFe2O4 (ICSD 76176) com estrutura cúbica, com uma pequena quantidade da fase Fe2O3 (ICSD 201097) inferior a 2% para todos os sistemas e temperaturas estudados. Em relação as curvas de histerese, uma dependência da magnetização em função do teor de dopante foi observada. De maneira geral, verificou-se que a fase secundária exerceu forte influência no comportamento magnético.