MESOESTRUTURAS POROSAS A PARTIR DE MATERIAIS NATURAIS
Mesoporos, MCM-41, Peneiras moleculares
A síntese dos mesoporosos do tipo MCM-41 foram realizadas empregando materiais naturais como cinza da casca de arroz e crisotila como fontes alternativas de sílica. Para a utilização destas fontes, tratamentos térmicos e químicos foram realizados em ambos os materiais. Os materiais naturais, após tratamento térmico e químico, foram empregados na formação de mesoestruturas do tipo MCM-41. Os materiais naturais, tratados e empregados na síntese foram caracterizados por diversas técnicas, como difração de raios-X, adsorção e dessorção de N2, microscopia eletrônica de varredura e análise termogravimétrica. Amostras padrões de MCM-41 sintetizadas com sílica comercial pirolisada aerosil 200 foram utilizadas como critério de comparação. O material formado a partir da cinza da casca de arroz calcinada e lixiviada apresentou área específica de 468 m².g-1, isotermas de adsorção e dessorção de N2 típicas de materiais mesoporosos e eventos de perda de massa semelhantes a amostra de referência. A sílica derivada da crisotila calcinada e lixiviada foram utilizadas para a síntese de materiais mesoporosos. O material apresentou valores de área específica BET de 700 m².g-1, isotermas de adsorção e dessorção de N2 do tipo IV e perdas de massa características de materiais mesoporosos. O material formado a partir da cinza da casca de arroz, sem a etapa de calcinação foi aplicado na adsorção de fenol acompanhado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e comparado com argilas organofílicas com diversos tratamentos. Pelas técnicas de caracterização comprova-se que os materiais são do possuem menor ordenação que a amostra de referência. O material formado a partir da cinza da casca de arroz, e sem a etapa de calcinação, obteve melhores resultados de adsorção de fenol, se comparado às argilas organofílicas.