EFEITO DA INCORPORAÇÃO DE DIATOMITA NA ESTABILIDADE E PERMEABILIDADE DE COMPÓSITOS CIMENTÍCEOS ESPUMADOS
Cimentação, Permeabilidade, Estabilidade, Diatomita e Incorporador de ar.
Atualmente busca-se a formulação de pastas de cimento leves de forma a se obter melhor aderência cimento-meio poroso e melhor isolamento hidráulico. O cimento espumado, mistura de cimento convencional com incorporador de ar, vem se mostrando um material alternativo para esta aplicação em que a perda de pressão hidrostática causada durante o processo de hidratação causa expansão das bolhas de gás, mantendo o grau de contato cimento-meio poroso, diferentemente do que ocorre com o cimento convencional. A coesão entre o cimento e o meio poroso (formação rochosa) faz com que haja estabilidade da pasta, impedindo a perda de água do cimento no estado fresco para o meio. O presente trabalho tem como objetivo estudar a estabilidade e a permeabilidade de compósitos cimentíceos contendo aditivos leves (diatomita e incorporador de ar) verificando se o uso dess es materiais é viável para ambientes de baixo gradiente de fratura. A metodologia do trabalho consiste na preparação e avaliação de pastas compósitas por meio de procedimentos adotados pelo American Petroleum Institute (API) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Partiu-se de uma dosagem fixa do incorporador de ar e variou-se a concentração de diatomita. As densidades foram calculadas entre 13 e 15 lb/gal e comparadas com uma pasta padrão sem incorporador de ar. Os resultados revelaram que as pastas tiveram suas densidades reduzidas entre 15 e 25% e boa resistência mecânica. O aumento da viscosidade nas formulações com diatomita e incorporador de ar proporcionou maior retenção das bolhas, visto que houve redução acentuada da migração de ar para a superfície das amostras durante cura em repouso. Observou-se que pastas estáveis apresentaram a variação entre o valor de densidade do fundo para o topo de 0,96 lb/gal e rebaixamento de to po de 5,86 mm, além de baixos coeficientes de permeabilidade, variando de 0,617 a 0,406 mD. Concluiu-se que é possível formular pastas cimentíceas de baixa densidade com propriedades mecânicas e reológicas satisfatórias além de boa estabilidade e baixa permeabilidade para operações de cimentação de poços de petróleo.