Comportamento Mecânico e Tenacidade à Fratura de Ligas de Alumínio Submetidas a Diferentes Condições de Envelhecimento
Ligas de Alumínio, Tratamentos de Envelhecimento, Comportamento Mecânico, Tenacidade à Fratura
Sabe-se que a grande parte das ligas de alumínio pode sofrer variações significativas em suas propriedades mecânicas dependendo do tratamento de envelhecimento realizado. Porém, poucos trabalhos apontam as características dessas ligas em condições subenvelhecidas e superenvelhecidas, principalmente em relação à tenacidade à fratura. Além disso, estudos recentes apontam que algumas ligas de alumínio subenvelhecidas podem sofrer uma espécie de auto cura, ou seja, esses materiais podem, quando solicitados devido a algum esforço externo, tender a um fechamento de algum defeito como uma trinca devido à precipitação dinâmica, o que aumentaria sua capacidade de resistir às solicitações. Com o intuito de verificar as propriedades das ligas envelhecidas em diferentes condições, neste trabalho duas ligas de alumínio (2024 e 7075) foram submetidas a tratamentos térmicos de solubilização (a 480 0C por 2,5 h) e envelhecimento artificial (145 0C por 8, 10, 16 e 24 h), em condições de subenvelhecimento (abaixo do máximo de dureza), envelhecida (no ponto de máxima dureza) e superenvelhecimento (além do ponto de máxima dureza). Preliminarmente, estas ligas foram caracterizadas do ponto de vista mecânico através dos ensaios de tenacidade à fratura, utilizando a metodologia de entalhe chevron - KICVM (ASTM 1304). As microestruturas obtidas nas diferentes condições são avaliadas por MO e MEV. Na sequência dos experimentos, a superfície de fratura destas amostras será avaliada por MEV com o objetivo de caracterizar o micromecanismo de falha. O comportamento Mecânico será ainda avaliado através de ensaios de dureza e de tração. Os resultados preliminares obtidos pelo ensaio chevron, mostraram que não houve variação significativa de tenacidade nos tempos de envelhecimento de 8h, 10h, 16h e 24h para a liga 7075, apesar dos tratamentos de envelhecimento terem aumentado a tenacidade à fratura em relação ao estado de entrega. Os resultados de tenacidade à fratura da liga 2024 não puderam ser validados em função da trajetória de crescimento de trinca fora do regime de abertura (modo I). Atribui-se este fato a utilização de corpos de prova de menores dimensões. Outros ensaios de tenacidade à fratura, utilizando outras dimensões serão realizados.