Banca de DEFESA: SAMUEL ANDERSON DE OLIVEIRA LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMUEL ANDERSON DE OLIVEIRA LIMA
DATA: 05/04/2013
HORA: 14:00
LOCAL: CCHLA - Setor II Bloco I Sala 13
TÍTULO:

GREGÓRIO DE MATOS: DO BARROCO À ANTROPOFAGIA


PALAVRAS-CHAVES:

 Barroco. Antropofagia. Gregório de Matos. Literatura. Poesia.


PÁGINAS: 300
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Comparada
RESUMO:

A figura exponencial de Gregório de Matos e Guerra tem sido motivo de muitas discussões teóricas ao longo dos anos, desde o seu aparecimento em praça pública, no século XIX, e ainda mais, no século XX, quando foi resgatado pela vanguarda modernista. Resultado disso, ainda existem dois lados antagônicos quando se trata de Gregório de Matos, os que o defendem e os que o acusam. Os primeiros defendem a posição de que o poeta baiano foi a primeira voz literária no Brasil, alçada sob as bases do Barroco, e os outros o acusam de ser ele um mero imitador dos poetas espanhóis do século XVII, sem, portanto, ter contribuído significativamente para a formação da Literatura Brasileira. Esta tese, por sua vez, segue o pensamento daqueles que defendem o poeta como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. Para esse fim, foi feito um rastreamento das biografias do poeta a fim de que muitas das descrições românticas ali presentes fossem desromantizadas dando ênfase aos aspectos biográficos mais científicos que contribuíssem para compor o perfil do poeta barroco. Nesse mesmo sentido, foi discutido o olhar da História da Literatura sobre o poeta mazombo, especificamente observando a posição dos historiadores sobre a poesia gregoriana no cenário da formação da Literatura Brasileira. A fim de defender a hipótese de que Gregório de Matos foi nosso primeiro antropófago, este trabalho procurou observar como seus poemas revelam as características intrínsecas do Barroco e da Antropofagia, com evidência na sua vertente carnavalizante, expondo ao mundo, satiricamente, os interstícios da vida humana. E nesse percurso, a análise do corpus em espanhol é um dos pontos altos da tese porque, além de ser inédita, contribui para a compreensão da antropofagia como mecanismo teórico que explica a formação da nossa identidade literário-cultural. Assim, são convidados para compor a cena teórica Augusto de Campos (1968; 1978; 1984; 1986; 1988), Haroldo de Campos (1976; 2010a; 2010b; 2011), Severo Sarduy ([1988?]), Oswald de Andrade (1945; 1978; 2006), Mikhail Bakhtin (2010), Octavio Paz (1979), Segismundo Spina (1980; 1995; 2008), Afrânio Coutinho (1986a; 1986b; 1994), Affonso Ávila (1994; 1997; 2004; 2008), entre outros.  A poesia gregoriana, sob esse aspecto, contribuiu para a composição do cenário barroco-antropofágico em solo brasileiro, com sentido especial para o caráter transtemporal que lhe é dado, uma vez que não está só no Seiscentos, nas amarras da historiografia, mas também está presente hoje na atualidade de seus temas, ancorados pela eterna dúvida do homem barroco.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 346839 - FRANCISCO IVAN DA SILVA
Interno - 349739 - HUMBERTO HERMENEGILDO DE ARAUJO
Externo ao Programa - 1046766 - SANDRA SASSETTI FERNANDES ERICKSON
Externo à Instituição - JOÃO BATISTA DE MORAIS NETO - IFRN
Externo à Instituição - RAIMUNDO LEONTINO LEITE GONDIM FILHO - UERN
Notícia cadastrada em: 25/03/2013 15:05
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