Banca de DEFESA: MARIA DA GUIA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DA GUIA SILVA
DATA: 29/01/2013
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 4 - 1o andar da ECT
TÍTULO:

O LEITOR UNIVERSITÁRIO E A CONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS DE LER E ESCREVER TEXTOS IMPRESSOS E DIGITAIS


PALAVRAS-CHAVES:

Práticas de ler/escrever. Escrita no meio impresso e digital. Traços identitários de leitor/escrevente universitário.


PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Aplicada
RESUMO:

A construção de um mapeamento das práticas de ler e escrever textos impressos e digitais, declaradas por graduandos do Bacharelado em Ciências e Tecnologia (BCT), propiciou-nos a análise do percurso que eles estão fazendo em um momento sócio-histórico caracterizado pela revolução do pós-papel. Nesse sentido, o objetivo geral desta pesquisa é compreender como se dá essa construção sob o ponto de vista desses graduandos. Para tanto, norteou nossa reflexão a busca por respostas a algumas questões que se nos apresentaram: quais as concepções de leitura e escrita dos graduandos do BCT; quais as práticas de leitura e escrita que esses colaboradores desenvolvem; quais os acervos a que eles declaram ter acesso; que diferenças eles declaram existir entre a leitura e a escrita impressa e a digital no exercício dos diferentes papéis sociais que desenvolvem; quais as relações identitárias de leitor/escrevente desses colaboradores. Para chegarmos a respostas plausíveis, reunimos um corpus constituído de textos de três gêneros da ordem do argumentar: perfis acadêmicos (ou autorretratos), artigos  de opinião e cartas argumentativas. Além disso, realizamos entrevista semiestruturada e questionário na ferramenta online do Google Docs. A metodologia que sustenta este trabalho acadêmico é a de pesquisa qualitativa (SIGNORINI; CAVALCANTI, 1998) de vertente etnográfica (THOMAS, 1993; ANDRÉ, 1995) em Linguística Aplicada (CELANI, 2000; MOITA-LOPES, 2006) e o aporte teórico vem da concepção de língua(gem) de perspectiva bakhtiniana (BAKHTIN [1929] 1981); da construção sócio-histórica da escrita (LÉVY, 1996; CHARTIER, R., 1998, 2002, 2007; COSCARELLI, 2006; CHARTIER, A., 2007; ARAÚJO, 2007; COSCARELLI; RIBEIRO, 2007; XAVIER, 2009; MARCUSCHI; XAVIER, 2010); dos estudos da pedagogia da escrita (GIROUX, 1997); dos estudos do letramento entendido como prática sociocultural, plural e situada (TFOUNI, 1988; KLEIMAN, 1995; TINOCO, 2003, 2008; OLIVEIRA; KLEIMAN, 2008), dos estudos sobre identidade na pós-modernidade (HALL, 2003; BAUMAN, 2005). Os resultados da análise empreendida apontam-nos para uma multiplicidade de práticas de leitura/escrita de textos impressos e digitais devido à coexistência da modalidade impressa e da que decorre dos novos dispositivos móveis. Nessa multiplicidade, a ideia que prevalece é a de um continuum entre textos impressos e textos digitais (não uma dicotomia), uma vez que a opção por ler/escrever textos impressos ou textos digitais está sempre atrelada a situações de comunicação específicas, que envolvem participantes, objetivos, estratégias, valores, (des)vantagens, além da (re)criação de gêneros discursivos em função dos dispositivos móveis a que esses colaboradores têm acesso nas diferentes esferas de atividade de que participam. Tudo isso tem ocasionado uma profunda intersecção nos traços de identidade de leitores/escreventes universitários do século XXI que não pode ser ignorada pela formação acadêmica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2087054 - GLICIA MARILI AZEVEDO DE MEDEIROS TINOCO
Interno - 1674285 - ANA MARIA DE OLIVEIRA PAZ
Externo à Instituição - MARIA AUGUSTA GONÇALVES DE MACEDO REINALDO - UFCG
Notícia cadastrada em: 18/01/2013 08:48
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