Banca de DEFESA: LEILA HELOISE DA SILVA JERONIMO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEILA HELOISE DA SILVA JERONIMO
DATA : 14/07/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Videoconferência - Plataforma Google Meet
TÍTULO:

A (RE)PRODUÇÃO GROTESCA DO INACABAMENTO IDENTITÁRIO DA COMUNIDADE LGBTQIA+ NA SÉRIE SEX EDUCATION

 

 

PALAVRAS-CHAVES:

Linguagem. Construção identitária. Sexualidade. Streaming. Sex Education.

 

 

PÁGINAS: 151
RESUMO:

O diálogo entre arte e vida revela de que forma o meio social extralinguístico encontra na arte uma resposta imediata à formação social (VOLÓCHINOV, 2019), criando, de tal modo, inteligibilidade entre esses dois mundos que se completam. Nesse contexto, objetiva-se, neste trabalho, a partir dos postulados teórico-metodológicos de Bakhtin (1993; 2011; 2015) e de Volóchinov (2018; 2019), do viés transgressor da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006; PENNYCOOK, 2006) e dos estudos sobre sexualidade (BUTLER, 2018; LOURO, 2001), buscar compreender o processo de construção da identidade sexual de personagens ficcionais na série Sex Education e como isso reflete aspectos contemporâneos voltados à vida. Para alcançarmos nosso objetivo, portanto, levamos em consideração a jornada de Eric Effiong, adolescente negro, afeminado, filho de pais protestantes, que tem sua identidade sexual modificada ao longo da primeira temporada da produção pela interação direta com o meio social. Diante disso, e a partir de um estudo qualitativo-interpretativista, analisamos, verbivocovisualmente (PAULA, 2017), como as forças verbo-ideológicas (BAKHTIN, 2015) atravessam enunciações concretas (BAKHTIN, 2011) retiradas das cenas selecionadas como corpus de análise e como essas forças influenciam no inacabamento identitário de sujeitos sócio-históricos materializados sob o viés de atributos grotescos (BAKHTIN, 1993). Os resultados do estudo mostram que a intervenção cultural hegemônica sobre corpos como o de Eric impede práticas subversivas de sexualidades que não respeitam os trâmites tradicionais como consequência de uma tentativa incansável das forças centrípetas de controlar performances identitárias fora dos padrões sexuais heteronormativos. Além disso, ao reproduzir o inacabamento identitário da comunidade LGBTQIA+, o corpo do jovem, consequentemente, reflete e refrata o mundo da vida, recebendo, pois, acabamentos grotescos que exprimem visões sociais acerca de sua orientação sexual.

 

 

 

 
 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1168633 - MARILIA VARELLA BEZERRA DE FARIA
Interna - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Externa à Instituição - LUCIANE DE PAULA - UNESP
Notícia cadastrada em: 27/06/2022 10:17
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