Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CATARINA DE MELO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CATARINA DE MELO SILVA
DATA : 10/11/2016
HORA: 09:00
LOCAL: PPgEL - CCHLA
TÍTULO:

A intercompreensão de Línguas Românicas como ferramenta geradora de mudança na escola pública: uma perspectiva de trabalho colaborativo através das famílias de línguas


PALAVRAS-CHAVES:

Intercompreensão, Didática do Plurilinguismo, Formação docente, Mudanças em sala de aula, Escola pública.


PÁGINAS: 93
RESUMO:

Esta pesquisa, situada no âmbito da Linguística Aplicada, referenciada pela Intercompreensão de Línguas Românicas e orientada para formação docente, objetivou investigar se alunos da disciplina de Intercompreensão de Línguas Românicas e participantes do I Colóquio de Intercompreensão, realizado em Natal, no ano de 2013, estão fazendo uso dos conhecimentos adquiridos sobre a temática intercompreensiva em sala de aula. Situada na dimensão plurilíngue, no trabalho com a intercompreensão, procura-se desenvolver estratégias de compreensão entre línguas da mesma família linguística. Tomando por referência alguns teóricos da abordagem intercompreensiva: Beacco et al (2015); Caddéo e Jamet (2013); Candelier (2007); Capucho (2010); Dégache (2006); Meissner (2008); Andrade, Martins e Pinho (2011), este estudo, que enfatiza o contexto brasileiro, traça um breve panorama histórico da intercompreensão, inserindo-a na Didática do Plurilinguismo, um projeto de educação e de formação para e pela diversidade cultural e linguística. Com o propósito de conhecer o contexto e as especificidades dos participantes da pesquisa, toma-se também por referência alguns estudiosos com trabalhos direcionados à formação de professores em geral: Almeida Filho (2008); Demo (2007); Freire (2011); Gadotti (2013); Iosif (2007); Libâneo (2012); Nóvoa (2009, 2012); Salviani, (2009). De abordagem qualitativa, natureza aplicada, objetivo exploratório e descritivo, procedimentos bibliográfico e de campo (GERHARDT e SILVEIRA, 2009), esta pesquisa adotou como instrumentos o questionário (QUIVY e CAMPENHOUDT, 1998) e a entrevista (BARDIN, 1979).  A partir da discussão dos dados, percebe-se que falta à maior parte dos sujeitos uma visão aprofundada do tema. Em geral, os participantes associam o trabalho prático com a intercompreensão à obrigatoriedade de saber línguas estrangeiras. Além disso, esse grupo de sujeitos demonstra a necessidade de mais formação docente por sentir-se inseguro para desenvolver atividades a partir da temática intercompreensiva. Observa-se ainda que muitos sujeitos se posicionam como responsáveis pela transmissão de conteúdos aos alunos. No plano das considerações finais, sob o viés do referencial teórico e de algumas considerações filosóficas (MORIN, 2003, 2011), pode-se concluir que, se os professores, assim como os seus formadores, estiverem comprometidos com uma formação humanitária, voltada ao respeito pelas línguas-culturas; se estiverem dispostos a refletir sobre uma concepção de educação centrada na interação entre educador e educando, sobre uma concepção interacionista de língua, sobre uma concepção menos hierárquica entre línguas ou entre variações de uma língua, mediante acompanhamento sistemático da prática docente, é possível utilizar a intercompreensão como uma ferramenta geradora de mudanças nas salas de aula das escolas públicas norte-rio-grandenses.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2194174 - ANA GRACA CANAN
Externo à Instituição - JOICE GALLI - UFPE
Presidente - 1149618 - SELMA ALAS MARTINS
Notícia cadastrada em: 03/11/2016 16:50
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