Banca de QUALIFICAÇÃO: EDILSON FLORIANO SOUZA SERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDILSON FLORIANO SOUZA SERRA
DATA : 30/09/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório E
TÍTULO:

Luciene Carvalho e a poética da existência


PALAVRAS-CHAVES:

Hipermodernidade; Performance; Poeta-performer; Erotismo; Continuidade; Loucura.


PÁGINAS: 174
RESUMO:

Este trabalho tem por objetivo a leitura crítica da obra poética de Luciene Carvalho, a partir do contexto da hipermodernidade. Para tanto, debruçamo-nos sobre seus textos numa perspectiva dos Estudos de Performance. Realizamos, assim, uma reflexão – a partir de estudiosos tais quais Gilles Lipovetsky e Zygmunt Bauman – sobre a hipermodernidade, apontando para ela como uma sucessão da pós-modernidade e que tem início em meados da década de 1990. Nessa perspectiva, compreendemos que esse momento surge como uma nova era (talvez a era das subjetividades) e dos novos paradigmas. Procuramos com o presente trabalho demonstrar que num espaço de significativa relativização das verdades que moldavam as sociedades e repercutiam nos sujeitos, tornou-se imprescindível que diversas formas de significação do sujeito, em cenários idiossincráticos, são erigidas. Dessa maneira, tanto o estatuto de autor foi transformado, uma vez modificado seu modo de atuação, quanto as formas gerais do sujeito ser/estar no mundo. É nesse contexto de multifacetação que a poeta-performer Luciena Carvalho optará por uma atuação para além do modo clássico de relação com a escritura e suas performances. A performance da autora parte da escrita como uma experiência (corpórea) sobre a qual se inscreve múltiplas textualidades. Ao metamorfosear a si mesma, por sua vez, a poeta-performer se atrela às personas, muitas vezes, entendidas como esvaziadas de sentido. O  corpo-texto nesse contexto assume os contornos da loucura e do erotismo, ressignificando os espaços institucionais do poético. Conforme teorizou Bataille, trata-se do erotismo como um substituto da religião na busca de alcançar a continuidade em um tempo em que as verdades metafísicas estão enfraquecidas. Nesse sentido, a loucura da qual a autora também se utiliza complexifica seu repertório de performação em ambiente de confusa configuração. A loucura e seus desdobramentos funcionam, dessa forma, como pontos de conexão e justificam as metamorfoses de um sujeito que busca imbricadas formas significar para o mundo a sua existência.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1550297 - ALEX BEIGUI DE PAIVA CAVALCANTE
Interno - 1299003 - DERIVALDO DOS SANTOS
Interno - 1496892 - MARCIO VENICIO BARBOSA
Externo à Instituição - JOSÉ ALEXANDRE VIEIRA DA SILVA - IFMT
Externo à Instituição - MÁRIO CEZAR SILVA LEITE - UFMT
Notícia cadastrada em: 30/09/2016 11:02
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