CRÔNICAS CLARICIANAS, POIÉSIS E ROSTIDADE
Clarice Lispector. Crônicas. Poiésis Cotidiana. Rostidade.
O texto estabelece um debate entre a obra de Clarice Lispector e as teorias do pensamento filosófico de Gilles Deleuze e Felix Guattari, observando, a partir do encontro dos autores, o agenciamento de uma “escritura do deslize” no tocante às diversas interpenetrações discursivas da crônica clariciana. Desse modo, o conceito de “rosto” dos filósofos franceses enquanto “máquina, abstrata” subsidiará nossa discussão diante da expectativa das “combinações deformáveis das engrenagens” do gênero. Observa-se, ainda, nesse âmbito, a configuração de uma cartografia literária na qual se rascunha uma “poiésis cotidiana” nos movimentos de desterritorialização e ressignificação das múltiplas imagens estabelecidas pela autora.