A construção autobiográfica e Memorialística em Oiteiro: Memórias de uma Sinhá-Moça
Autobiografia; Memória; Magdalena Antunes
Com esta pesquisa, pretende-se apresentar uma possibilidade de leitura para a narrativa Oiteiro: memórias de uma Sinhá-Moça (1958), da escritora Magdalena Antunes, situando-a no contexto da Literatura Brasileira do Rio Grande do Norte. Serão observadas aqui as relações pessoais e sociais da autora através da sua obra e os consequentes desdobramentos dentro das perspectivas de autobiografia, memórias e ficção. A intenção é apreender os aspectos autobiográficos da obra em questão que demonstrem a escrita de si, bem como os possíveis traços ficcionais ali existentes por meio das tensões surgidas na narrativa. Para tanto, contamos com as contribuições de Lejeune (2008); Amorim (2007; 2012); Walty (1985) e Iser (2002), dentre outros. Além do caráter autobiográfico, será identificado também, na obra de Magdalena Antunes, seu viés memorialístico, que desponta no livro através da ressignificação das memórias da infância e da adolescência da autora. Para tanto, serão utilizadas algumas concepções teóricas sobre memória individual e memória coletiva e as reflexões de Henri Bergson (1999) e de Le Goff (1984), em contraponto com as contribuições de Maurice Halbwachs (2006) e outros autores, no que se refere ao assunto.