ENTRE MILLÔR E DERRIDA: O HUMOR ENQUANTO EXPERIÊNCIA DA ALTERIDADE E DO IMPOSSÍVEL
Humor; Alteridade; Impossível; Jacques Derrida Literatura e Filosofia; Millôr Fernandes
O humorista brasileiro Millôr Fernandes teve uma produção distribuída em vários campos, desde a literatura até as artes visuais e o jornalismo. Em qualquer delas, no entanto, havia a marca indelével do humor. Nesta dissertação, proponho uma leitura de sua obra a partir de Jacques Derrida, enfatizando como se dá a construção do outro. O foco recairá sobre Millôr Definitivo:A Bíblia do Caos, mas outros textos também serão contemplados. Para empreender a análise, farei uma exposição geral da obra milloriana (especialmente Millôr Definitivo:A Bíblia do Caos) e esboçarei, em linhas gerais, a filosofia derridiana, centrando-me em sua discussão sobre a filosofia ocidental, a literatura e a alteridade. No momento da análise propriamente dita, situarei o eixo metodológico no quase-conceito de invenção. A análise deverá fazer emergir a hipótese do humor enquanto experiência da alteridade e do impossível, situando o humorista enquanto totalmente outro. No texto milloriano, essa experiência é marcada pelo conflito, sem possibilidade de resolução.