Algas marinhas como bioestimulantes no crescimento inicial de espécies florestais da Caatinga
Biofertilizante; Caesalpinia ferrea; Poincianella pyramidalis.
Vários estudos têm demonstrado os efeitos benéficos da aplicação de extratos de algas nas plantas, tais como a melhoria na germinação e no estabelecimento das plantas. Apesar de alguns exemplos de aproveitamento comercial, a quase totalidade dessa biomassa não é aproveitada pela população. Tendo em conta seu alto valor nutritivo, existe grande potencial para seu maior aproveitamento comercial. Diante disso, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de aproveitamento de algas que ocorrem no litoral na produção de mudas para reflorestamento e exploração sustentável, analisaram-se os efeitos de algas coletadas no litoral do RN no crescimento inicial de espécies nativas da Caatinga. Foram testadas diferentes concentrações (0, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 g kg-1) de pó de algas marinhas (PA) com um substrato preparado contendo argila, esterco bovino e areia nas espécies Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul e Poincianella pyramidalis Tul. Os resultados mais significativos foram o estimulo na taxa de crescimento absoluto em doses mais altas para P. pyramidalis e intermediarias para C. ferrea aos 60 dias após semeadura (DAS). Aos 120 DAS verificamos um leve estimulo no aumento de biomassa das raízes e diâmetro do caule em C. ferrea com relação ao aumento das doses de PA. Nesta espécie verificou-se também um estimulo no aumento da concentração de clorofilas a e b e carotenoides. O aumento na concentração de pigmentos em relação às doses de PA também se verificou em P. pyramidalis.