EDUCAÇÃO FÍSICA ANTIRRACISTA: A (DES)CONSTRUÇÃO DOS SABERES PELOS(AS) DISCENTES NO ENSINO MÉDIO
Educação Física Escolar; ERER; Marcadores das Africanidades; Autorreconhecimento e Pertencimento; Educação Antirracista.
O presente estudo visa analisar o ambiente escolar no contexto que vivemos acentuado de desigualdade e injustiça social, e a temática racial que tem sido discutida fortemente na atualidade, no viés de compreender as relações étnico-raciais dentro de uma sociedade que prevalece apenas uma parte da população. Para que possamos compreender como o racismo permeia é preciso buscar um entendimento do Estudo das Relações Étnico-raciais (ERER) e a implementação de uma educação antirracista, principalmente no ambiente escolar. E o objetivo central desta pesquisa é analisar as experiências dos(as) discentes a partir da concepção da educação antirracista, tendo como específicos: identificar o processo de autorreconhecimento dos(as) estudantes a partir o ERER; Analisar os conteúdos desenvolvidos nas aulas de educação física que viabilizam e promovem uma educação antirracista; Relacionar a apropriação dos conteúdos sobre as relações étnico-raciais, especificamente sobre a cultura africana e afro-brasileira com os saberes e realidades dos(as) discentes de educação física do ensino médio. No quadro teórico, aprofundamos sobre o ERER na construção da sociedade que viemos nos dias atuais, a produção dos saberes sobre a negritude nas aulas de educação física, as possibilidades de promoção de uma educação (física) antirracista e como a Pretagogia em junção com a educação física escolar pode construir o autorreconhecimento e pertencimento afro dos(as) discentes. Esse estudo será de caráter qualitativo, que possibilita investigar valores, atitudes e motivações dentro das aulas do professor/autor. A estratégia utilizada na busca das informações será por meio de uma metodologia audiovisual (particip)ativa, que retratem a temática étnico-racial e atrelada com os conteúdos desenvolvidos, outro recurso que auxiliará são os registros sistemáticos, como os arquivos dos planejamentos e anotações sobre o desenvolvimento do processo educativo. Em seguida, os saberes gerados a partir da explanação do audiovisual tendo como base a interpretação dos(as) estudantes, serão a partir dos marcadores das africanidades, que nos ajudam a identificar nossos autorreconhecimentos e pertencimentos afro.