ATUAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NoS serviços de SAÚDE MENTAL no SUS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Educação Física, Saúde Mental, CAPS, práticas corporais; Sistema Único de Saúde.
A Reforma Psiquiátrica Brasileira com a lei 10.216 de 06 de abril de 2001 inaugura um novo modelo de cuidado em liberdade e o fortalecimento da luta de uma sociedade sem manicômios. A Educação Física possui muitas possibilidades de contribuir com desinstitucionalização dos usuários do caps, tendo em vista que suas práticas costumam transpor o espaço único do serviço, para além de suas limitações físicas e materiais. Dessa forma este trabalho tem como objetivo sistematizar saberes e práticas da atuação de professores de Educação Física nos serviços de saúde mental no SUS. Como processo metodológico este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, sendo a metodologia a revisão integrativa. Foram encontrados 17 artigos apresentando as experiências e percepções de professores de educação física atuando nos serviços de saúde mental no SUS. Estes foram divididos em três categorias distintas: atuação da educação física no campo da saúde mental; atuação da educação física no caps; e rotina de trabalho e oficinas. A primeira categoria agrupou trabalhos que permeiam a ação profissional no campo da saúde mental pontuando a intersetorialidade, a desinstitucionalização, a humanização nas práticas, a construção de vínculos e autonomia dos sujeitos, o profissional de referência, o projeto terapêutico singular (PTS), em suma as ações que cabem a todo profissional de saúde atuando nos serviços substitutivos. A segunda categoria pontua a inserção no serviço, seus enfrentamentos, dificuldades e potências. E a terceira categoria aborda mais especificamente as oficinas e grupos de trabalho executados por professores de Educação Física. As experiências aqui compartilhadas e discutidas não são destinadas a serem reproduzidas por outros profissionais como modelos a serem seguidos. As experiências bem-sucedidas servem como exemplos de abordagens de trabalho baseadas na desinstitucionalização, no diálogo, na humanização, no empoderamento dos indivíduos e na construção de um processo de trabalho coletivo e respeitoso em relação às necessidades da comunidade, do serviço e, sobretudo, dos usuários com o intuito de assegurar a reinserção social e a autonomia.