Relação da Maturação Biológica e de Parâmetros Hormonais e Morfológicos com a Força Muscular de Membros Superiores e Inferiores de Jovens Atletas
Palavras Chaves: Força; Jovens; Puberdade; Esportes; Exercício Físico.
As relações conjuntas da maturação biológica (MB) e de parâmetros hormonais e morfológicos com a força muscular de membros superiores e inferiores em jovens atletas, ainda não estão bem definidas na literatura científica. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi verificar a relação da MB e de parâmetros morfológicos e hormonais com a força muscular de membros superiores e inferiores de jovens atletas. O estudo foi do tipo transversal com amostra composta por 145 jovens atletas (idades entre 8 e 16 anos; 58% do sexo masculino e 42% do sexo feminino) de seis modalidades distintas (remo, natação, voleibol, futebol, tênis e jiu-jitsu). Os marcadores de MB (somática, esquelética e sexual) foram analisados por antropometria. A morfologia foi verificada por absorciometria de emissão de raios x de dupla energia (DXA) e por bioimpedância tretapolar. A força de membros superiores foi analisada pelos testes de medicineball e de preensão palmar. A força de membros inferiores foi analisada pelos testes de salto vertical e de salto contramovimento. Os níveis hormonais de testosterona (TRT), estradiol (EST) e hormônio do crescimento foram analisados bioquimicamente por quimioluminescência. A maturação, massa magra, TRT e EST indicaram relações com a força de membros superiores e inferiores dos jovens atletas de ambos os sexos. A maturação apontou um grande efeito de interação (η2p = 0,753) e local (ƒ2≥ 0,33) em relação à massa magra dos atletas de ambos os sexos, logo, jovens atletas com maiores concentrações de massa magra apontavam, maiores concentrações de hormônios, estágios maturacionais acelerados e maior força muscular de membros superiores e inferiores (p<0.05). Análises de redes neurais artificiais do tipo MLP indicaram, que a antropometria em conjunto a testes de força podem predizer em 58,8% o desempenho de membros superiores, e em 81% o dos membros inferiores. Assim como, em atletas do sexo masculino a TRT pode prevê a força dos membros superiores em 49% e a maturação em 60%. Enquanto que em sujeitos do sexo feminino, a maturação pode predizer a força de membros superiores entre 57,4% e 76%, enquanto os marcadores hormonais apresentaram um potencial superior a 95% para a previsão da força de membros superiores. Conclui-se que em jovens atletas de ambos os sexos a maturação, parâmetros morfológicos e hormonais se relacionam com a força muscular, em especial com a força de membros superiores. Jovens do sexo masculinos que apontam maiores concentrações de testosterona apontam maior massa magra, e estágios maturacionais mais avançados são superiores em força de membros superiores e inferiores, e um comportamento similar é observado nos jovens do sexo feminino em relação as concentrações de estradiol. Assim o presente estudo, contribui para as ciências do esporte, possibilitando aos profissionais da área uma melhor avaliação de características especificas dos atletas nas diferentes modalidades esportivas e melhor orientação e seleção dos futuros atletas.