RELAÇÃO ENTRE A RESPOSTA DE PRAZER EM UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO, ATITUDES IMPLICITAS E EXPLICITAS COM A ATIVIDADE FÍSICA ESPONTÂNEA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO: UM ESTUDO LONGITUDINAL
Respostas afetivas, atitudes implícitas, comportamento futuro.
Introdução: A inatividade física é o maior problema de saúde pública do século 21 e uma grande parcela da população não consegue atingir os níveis recomendados, no mundo >30% dos adultos e 50% dos brasileiros reportam realizar números inferiores à recomendação mínima de exercício físico para a promoção de saúde. Objetivo: Avaliar possíveis associações transversais e longitudinais entre as respostas afetivas agudas em duas condições de exercício aeróbio com a associação implícita, comportamento em atividade física e comportamento sedentário na linha de base e após um período de seis meses. Métodos: O estudo se caracteriza como observacional analítico prospectivo com uma randomização cruzada (cross-over) onde os participantes foram testados em duas condições de exercício (intensidade moderada e intensidade autosselecionada), e uma correlação longitudinal realizada através do nível de atividade física e comportamento sedentário. A amostra foi constituída por sujeitos de ambos os sexos, sedentários, com idade entre 18-59 anos. Foram verificados os efeitos das variáveis independentes (respostas perceptuais de afeto, atitudes implícitas e explícitas) sobre as variáveis dependentes (participação futura em exercício físico, nível de atividade física e comportamento sedentário). Os participantes foram submetidos aos procedimentos avaliativos na linha de base e após 6 (seis) meses. A normalidade dos dados será verificada pelo teste de Shapiro-wilk. A correlação de Pearson ou de Spearman foi utilizada para verificar a relação das respostas afetivas, atitudes implícitas e explícitas com as respostas de preferência e tolerância, comportamento futuro na atividade física, comportamento sedentário e intenção futura. A regressão linear foi utilizada para verificar a predição ao comportamento futuro na atividade física. Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 20.0. O nível de significância estabelecido foi de p< 0,05. Resultados: Foram encontradas correlações positivas entre a associação implícita com a média do afeto na intensidade moderada (r = ,29; p= ,038) e com a atividade física moderada e vigorosa (r = ,35; p= ,014). Nas analises de regressão linear, os resultados mostram que a cada unidade de aumento na associação implícita representou um aumento de 0,6 minutos por dia em atividade física moderada e vigorosa (beta= 0,6; EP= 0,28; p= ,034) e um aumento de 0,5 pontos na resposta afetiva dos sujeitos em exercício de intensidade moderada (beta= 0,5; EP= 0,26; p= ,038), ambas as relações de mudança sendo explicada em 7%. Encontramos que uma unidade de aumento no nível de preferencia a intensidade do exercício na linha de base representou um aumento de 1,9 minutos por dia em atividade física moderada e vigorosa após 6 meses (beta= 1,9; EP= 0,50; p= ,002), mudança sendo explicada em 47%. Aumento de uma unidade no nível de tolerância a intensidade do exercício na linha de base representou um aumento de 1,3 minutos por dia em atividade física moderada (beta= 1,3; EP= 0,50; p= ,020) tal relação sendo explicada em 28% no modelo de regressão. Conclusão: Uma maior associação implícita para atividade física foi associada a respostas afetivas mais positivas em exercício com intensidade moderada e a um maior quantidade de atividade física moderada e vigorosa na linha de base.