RELAÇÃO ENTRE CONTROLE COGNITIVO INIBITÓRIO E DESEMPENHO NO CICLISMO EM TESTE CONTRARRELÓGIO DE 10 KM
Cognição; desempenho atlético; cérebro; time trial, tolerância.
Os fatores determinantes do desempenho físico são amplamente estudados em termos de capacidade periférica de produção de energia. Na última década, muitos estudos também sugerem o efeito de mecanismos cerebrais e cognitivos sobre a regulação do desempenho. Contudo, ainda permanecem em aberto na literatura questões sobre o papel da função cognitiva nas diferentes formas de desempenho atlético, em particular em simulação de prova. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre o controle cognitivo inibitório e o desempenho de ciclistas no teste contrarrelógio (CR) de 10km. 17 ciclistas recreacionais do sexo masculino (278,85 ± 48,9, potência pico; 30,35 ± 5,6, anos; 76,28 ± 8,6 kg; 1,76 ± 0,1 m; 22,60 ± 6,8 %gordura) participaram do estudo. Os participantes realizaram duas sessões, sendo que a primeira foi destinada a triagem, familiarização com as escalas perceptuais, realização do stroop test para avaliação do controle cognitivo inibitório (CCI) e teste incremental máximo em cicloergômetro. Na segunda sessão, os voluntários realizaram o teste CR de 10 km. A percepção subjetiva de esforço, pensamento associativo ou dissociativo e frequência cardíaca foram reportados durante as sessões de exercícios. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados. Coeficientes de correlação de Pearson foram adotados para analisar o grau de relação entre o desempenho cognitivo e tempo no CR. Nível de significância estatística adotada foi p < 0,05. Houve correlação significativa do tempo de reação (TR) no stroop test com desempenho no CR (r = 0,54; p = 0,02). Dessa forma, podemos concluir que maior controle cognitivo inibitório parece corroborar para o melhor desempenho em exercícios que se assemelham à situação de prova.