HEREDITARIEDADE DOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS RELACIONADOS À OBESIDADE EM MULHERES E HOMENS
Gêmeos, composição corporal, fenótipo, genótipo, antropometria.
A obesidade está fortemente associada ao aumento dos fatores de risco para a saúde, bem como índices de morbidade e mortalidade. Dessa forma, o objetivo deste estudo centra-se em analisar a herdabilidade dos indicadores antropométricos relacionados à obesidade no sexo feminino e masculino, utilizando pares de gêmeos monozigotos (MZ) e dizigotos (DZ). A amostra foi composta por 70 indivíduos MZ e 60 indivíduos DZ do sexo feminino e masculino, residentes na região metropolitana da cidade do Natal/RN – Brasil. Os gêmeos foram submetidos à avaliação da composição corporal por meio de medidas antropométricas de estatura, massa corporal, perimetria da cintura e abdômen, e medidas das dobras cutâneas tricipital, subescapular, supra-ilíaca, abdominal, coxa medial e panturrilha. Os dados foram avaliados por meio de estatística não paramétrica e analisados com base na variância intrapar de gêmeos. Aplicou-se o índice de herdabilidade (h²) = ((S² DZ – S² MZ) / S² DZ) x 100, a fim de observar o quanto cada variável possui de caráter genotípico e fenotípico. A herdabilidade foi categorizada em quartis de 25 % em 25 %, sendo denominados como: baixa, moderada baixa, moderada alta e alta herdabilidade. Os indicadores antropométricos apresentaram em sua grande parte, alta influência hereditária, sem a distinção de sexo, variando de 64% a 97% de herdabilidade. Quando separadas por sexo, as variáveis, de um modo geral, apresentaram maior herdabilidade para o sexo feminino variando de 48% a 98%, que para o sexo masculino com variação de 4% a 92%. Portanto, conclui-se que a herdabilidade dos indicadores antropométircos relacionados à obesidade foi moderado alto e alto para a amostra geral, sem a separação por sexo. E quando separados, as mulheres apresentaram uma maior influência hereditária e os homens apresentaram maior influência do ambiente nas variáveis analisadas.