Padrões citogenéticos em representantes de dois complexos de espécies de peixes com ocorrência em ecossistemas semiáridos neotropicais: Astyanax bimaculatus (Characidae) e Gymnotus carapo (Gymnotidae).
Evolução cromossômica, especiação alopátrica, citótipos, evolução genética, citogenética.
Estudos citogenéticos têm revelado uma expressiva diversidade, que ainda não foi identificada em muitas famílias de peixes. Consideravelmente há as que apresentam grande diversidade, como Characiformes e também os que apresentam baixa diversidade como os Gymnotiformes, mas que os dois possuem espécies de difícil caracterização morfológica, muitas vezes diagnosticadas através de análises cariotípicas, no qual revelam variações interespecíficas marcantes quanto ao número e estrutura cromossômica. Com isso, o presente trabalho pretende contribuir a partir de análises, utilizando métodos citogenéticos clássicos, em exemplares de Astyanax bimaculatus oriundos na bacia hidrográfica, no município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte e compará-los com espécies já descritas na literatura, afim de auxiliar de forma interdisciplinar com outras áreas. Para a caracterização citogenética foram utilizadas a coloração convencional por Giemsa, e impregnação por nitrato de prata (AgNORs). As análises mostraram que, para Astyanax bimaculatus foi caracterizado o número diploide de 50 cromossomos sem a presença de sistema de cromossomos sexuais, fórmula cariotípica: 10m + 12sm + 18st + 10a, NF=90 (Rio Pium), e para o Gymnotus carapo, número diploide igual a 44 cromossomos, com fórmula cariotípica 12m + 8sm + 8st + 16a, NF=74 (Rio Pium). As populações apresentaram RONs simples nos braços curtos de cromossomos subtelocêntricos 12 e 7, respectivamente. Este estudo auxilia na compreensão do grupo considerado A. bimaculatus e do grupo considerado G. carapo, possibilitando um melhor entendimento para uma futura identificação de espécies devido às diferenças genéticas encontradas, sua conservação e proteção.