Regras macroecológicas em caranguejos ermitões do Atlântico Ocidental
Regra de Bergmann, Regra de Rensch, Diogenidae, dimorfismo sexual, alometria, morfometria geométrica
Duas regras macroecológicas são fortemente relacionadas a morfologia dos organismos: a regra de Bergmann e a regra de Rensch. A regra de Bergmann afirma que os organismos são maiores em regiões mais frias (altas latitudes). A Regra de Rensch afirma que o dimorfismo sexual de tamanho aumenta quando os machos são maiores. Além do tamanho corporal, a forma do corpo é uma covariável nos taxa. Dessecação, temperatura, gastos energéticos distintos de crescimento, reprodução e história de vida podem influenciar o viés destas regras. Alguns organismos que têm seu crescimento mediado por abrigo, os ermitões por exemplo, têm uma relação de metabiose obrigatória com conchas de gastrópodes tornando-se excelentes modelos para avaliar padrões macroecológicos e evolutivos frente à estas restrições. Assim, este estudo objetiva testar os padrões das regras de Bergmann e de Rensch em três espécies de ermitões do gênero Clibanarius (C. antillensis, C. sclopetarius e C. symmetricus) no Atlântico Ocidental em macro e microescala evolutiva. Com dados de tamanho corporal (literatura e in situ) foram designados modelos de regressão para avaliar as regras isoladas e conjuntamente e os tipos de abrigos utilizados. Além do tamanho, a abstração da forma foi empregada nas investigações in situ. Na avaliação da divergência específica do sexo em resposta aos gradientes latitudinais (regras de Bergmann e Rensch conjuntamente), a latitude magnificou o efeito corporal interpopulacional em fêmeas. Sugere-se que a variação de tamanho corporal pode ser modulada pela seleção de fecundidade em fêmeas independentemente do tipo de abrigo.