NOVAS E VELHAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA FÁBRICA MAIS MODERNA DO BRASIL: O CASO DO POLO AUTOMOTIVO JEEP EM GOIANA-PE (2015-2016).
Organização do trabalho, subjetividade, polo automotivo Jeep, Goiana
Esta pesquisa propõe uma discussão entre as teorias dedicadas à compreensão do fenômeno das relações de trabalho dentro do polo automotivo Jeep, localizado no município de Goiana-PE. Buscou-se de tal forma, tentativas de diálogo para a construção de uma abordagem a fim de pensar desde as transformações do regime de acumulação e as suas implicações na vida dos trabalhadores da fábrica. O estudo em um primeiro momento verificou as mudanças da indústria automobilística no que concerne à organização do trabalho na passagem do Fordismo ao Toyotismo. Dentro do regime de acumulação flexível, as empresas passam a demandar novas habilidades de seus operários, o conhecimento, comunicação e a cooperação assumem um papel fundamental na linha de produção. No propósito de compreender como se realiza a organização da produção e do trabalho no polo automotivo Jeep, identificou- se as características de um trabalhador dito flexível que vive para o trabalho, polivalente e proativo. No intuito de atender os objetivos propostos neste estudo, utilizou-se do método qualitativo de análise, mediante entrevistas em profundidade com os trabalhadores da fábrica. A escolha desse método permitiu verificar a realidade cotidiana dos trabalhadores, a fim de que eles pudessem relatar um pouco das suas experiências sociais, da rotina de trabalho e as suas histórias de vida. Constatou-se assim, velhas e novas formas de exploração, em que a subjetividade do trabalhador passa a ser também incorporada neste processo fabril.