Análise dos remanescentes de floresta Atlântica no estado do Rio Grande do Norte: Uma perspectiva em alta resolução.
Floresta Atlântica, Fragmentação, Conservação; Biodiversidade
A perda e fragmentação de habitat são consideradas as principais ameaças a biodiversidade. Essas ameaças atuam ao nível da paisagem, o que impele a necessidade de manejar paisagens por inteiro e não somente suas componentes. Embora o acompanhamento sistemático do bioma Mata Atlântica venha sendo feito desde o final da década de oitenta, dados atualizados sobre fragmentação florestal para a sub-região de Pernambuco são praticamente inexistentes. O presente estudo teve como objetivo mapear, sobre imagens de alta resolução espacial, os remanescentes do bioma Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Norte e conduzir uma análise ao nível de paisagem. Os resultados mostram que a paisagem encontra-se altamente fragmentada, onde restam cerca 8% dos remanescentes florestais do bioma. A grande maioria dos fragmentos (72%) são menores do que 10ha, e somente 3% dos fragmentos possuem área maior do que 100ha. Embora seja elevado o grau de fragmentação, a distância média entre fragmentos encontrada foi pequena (74,62 m), essa estimativa é menor do que a que tem sido observada para o bioma (1440m). Há indícios de que mudanças bruscas na quantificação da estrutura da paisagem podem ocorrer quando se observa a fragmentação em alta resolução espacial. Os resultados aqui apresentados podem ser utilizados em ações de manejo, com vistas a tornar o cenário mais propício a manutenção da biodiversidade.