PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Téléphone/Extension: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: INGRID ELAINE RODRIGUES DOMINGOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : INGRID ELAINE RODRIGUES DOMINGOS
DATA : 16/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Didático 1-DECOL/CB
TÍTULO:

EVOLUÇÃO DA TOLERÂNCIA À SALINIDADE EM CIANOBACTÉRIAS DE ÁGUA DOCE


PALAVRAS-CHAVES:

Salinização;Microcystis;Adaptação;Crescimento;Tamanho celular;Toxinas;


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A salinização da água doce devido às mudanças climáticas, à urbanização e ao uso de sais para fertilizantes e degelo, é uma mudança global em curso, mas relativamente pouco estudada. Como fator de estresse fisiológico nos sistemas de água doce, a salinização é uma ameaça à biodiversidade, às principais funções e serviços dos ecossistemas e exerce pressão seletiva nas espécies. No entanto, a forma como as espécies se adaptam localmente à salinização através dos processos microevolutivos é pouco compreendida. Assim, investigamos a capacidade de adaptação genotípica da cianobactéria Microcystis, formadora de florações com distribuição global, ao aumento da salinidade, e as subsequentes mudanças na morfologia, fisiologia e cota de toxinas. Para isso, montamos um experimento de Common Garden com quatro cepas de Microcystis produtoras de toxinas. Antes do Common Garden, todas as cepas foram divididas em três populações, cada uma exposta a 0 (sem estresse salino, portanto populações “não adaptadas”) e 1,5 g/L de NaCl (isto é, populações “adaptadas”) por > 100 gerações. Após esse período, cada população (adaptada e não adaptada) foi exposta aos tratamentos de 0, 1,5, 3 e 5 g/L de NaCl em um projeto de Common Garden por mais 8 gerações para remover os efeitos maternos, após essa etapa o crescimento e as características foram medidos. As populações adaptadas de todas as linhagens apresentaram maiores taxas de crescimento em comparação às não adaptadas e cresceram em todos os tratamentos, indicando evolução genotípica da tolerância ao sal impulsionada pela seleção na variação genética (Efeito Gargalo) existente em um período de 5 meses. A adaptação também resultou em células de tamanho menor para todas as cepas. Duas cepas produziram colônias em salinidades mais altas. A formação e o tamanho das colônias foram maiores nas populações não adaptadas, indicando que as populações adaptadas não precisam investir na formação de colônias para sobreviver. As análises de toxinas (microcistina) e fósforo total estão em andamento. Os resultados demonstram que a adaptação a concentrações relativamente baixas (1,5 g/L) também permite tolerância a salinidades mais elevadas (>3 g/L). Mostramos, pela primeira vez, a rápida adaptação evolutiva de um produtor primário aquático comum à salinização da água doce ao longo do tempo ecológico, com efeitos em características-chave como o tamanho do corpo. É provável que tal adaptação ocorra normalmente na natureza, embora as suas consequências nas funções e serviços dos ecossistemas sejam desconhecidas. Nossos resultados justificam uma visão mais ampla das implicações eco-evolutivas da seleção impulsionada pela salinização em ecossistemas aquáticos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Presidente - 1103317 - KEMAL ALI GER
Interna - 1764855 - VANESSA BECKER
Notícia cadastrada em: 06/09/2023 08:38
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa08-producao.info.ufrn.br.sigaa08-producao