DIAGNÓSTICO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE AREIA BRANCA-RN POR GEOTECNOLOGIAS
Degradação Ambiental, Geoprocessamento, Uso do Solo, Classificação Supervisionada, Coeficiente KAPPA, SIG, Recursos Naturais.
O município de Areia Branca-RN está inserido na mesorregião Oeste Potiguar e na microrregião de Mossoró, abrangendo uma área de 357,58 km2. Compreende uma área de fragilidade do ponto de vista ambiental, pois abriga, juntamente com o município de Grossos-RN, o estuário do rio Apodi-Mossoró. O município de Areia Branca vem sofrendo historicamente com a falta de planejamento no tocante ao uso e ocupação do solo, uma vez que algumas atividades econômicas, atraídas pelas condições naturais extremamente favoráveis, têm explorado seus os recursos naturais de forma inadequada. O objetivo deste estudo é quantificar e analisar a degradação ambiental no referido município. Para isso, inicialmente foi realizada uma caracterização do uso do solo, utilizando sensoriamento remoto, geoprocessamento e um sistema de informações geográficas - SIG, visando gerar dados e informações na escala municipal, que possam servir de subsídio para o planejamento ambiental e o ordenamento territorial da região. Nessa perspectiva, utilizou-se uma imagem Landsat 5, sensor TM referente ao ano de 2010. No processamento desta imagem foi utilizado o SPRING 5.2 e aplicado uma classificação supervisionada através do classificador por regiões, onde foi empregado o método Bhattacharya Distance com um limiar 30%. Com isso foi obtido o mapa de uso do solo a partir do qual analisou-se a distribuição espacial dos diferentes tipos de uso que ocorrem no município, identificando áreas que estão sendo utilizadas de maneira incorreta e os principais tipos de degradação ambiental. Em prosseguimento, aplicou-se a metodologia proposta por Beltrame (1994), o Diagnóstico Físico-Conservacionista, sob algumas adaptações, para obter a quantificação do nível de degradação ou conservação da área de estudo. Como resultados, foram obtidos os índices para os parâmetros propostos na metodologia, permitindo analisar quantitativamente o potencial de degradação de cada setor. Nessa perspectiva, considerando uma escala de 0 a 100, o setor A e o setor B apresentaram valor – 30,70 unidades de risco de degradação física. E o setor C, demonstrou valor – 34,15 unidades de risco de degradação, devendo ser considerado prioridade no tocante à realização de ações conservacionistas.