GESTANTES ENCARCERADAS: ASSISTÊNCIA À SAÚDE E EXPERIÊNCIAS DE MULHERES EM UM PRESÍDIO FEMININO
Gestação, Assistência à saúde, Saúde da mulher, Prisões.
Com o aumento gradativo da violência a população carcerária vem crescendo ao longo dos últimos anos e está aumentando a proporção de mulheres em relação aos homens. O aumento da participação da mulher no crime e o papel que esta assume no seio familiar fazem com que este fenômeno represente crescente problema social. Todavia, não menos alarmante é a situação de uma reclusa grávida. Como a maior parte das detentas é muito jovem, e consequentemente, em idade reprodutiva, a gravidez torna-se situação recorrente no momento da prisão, ou enquanto estão cumprindo pena. É importante salientar que o contexto de cada gestação é determinante para seu desenvolvimento. Os dados que tratam a criminalidade são precários e pouco esclarecedores quanto a sua real dimensão. Quando se direciona para gestantes encarceradas e especificamente à assistência à saúde que estas recebem, esses dados tornam-se ainda mais escassos. Com base no exposto, este projeto tem como objetivo geral conhecer a assistência à saúde e experiências de gestantes encarceradas em um complexo penal localizado no município de Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com enfoque exploratório-descritivo. A coleta dos dados será realizada junto às mulheres que estão vivenciando a gestação dentro de um presídio e que atendam aos critérios de inclusão estabelecidos após parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Será utilizado como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturada contendo dados demográficos para caracterização das gestantes e perguntas abertas que atendam aos objetivos da pesquisa. Para a análise do material coletado será utilizada a técnica de análise temática proposta por Minayo (2006). Espera-se, ao final da pesquisa, conhecer a real situação da assistência à saúde oferecida as gestantes encarceradas e contribuir para a conscientização das necessidades reais dessas mulheres e mobilização das autoridades responsáveis no sentido de minimizar os efeitos do encarceramento durante o período gestacional.