Vivências do pai/ acompanhante no processo da hospitalização do filho
Enfermagem pediátrica; Pai; Hospitalização.
A presença do homem junto ao filho hospitalizado ainda é inexpressiva e as relações estabelecidas no âmbito hospitalar culminam em situações diversas que podem influenciar a sua vivência. O estudo objetivou analisar as vivências do pai/acompanhante do filho enfermo. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva em abordagem qualitativa, desenvolvida junto a 11 pais que acompanhavam o filho enfermo em um Hospital Pediátrico, situado na Grande Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Conforme os critérios de inclusão os participantes deveriam estar com idade igual ou superior a 18 anos; ter condições emocionais favoráveis para responder o questionamento, ser acompanhante do filho na faixa etária de um a cinco anos e internados em enfermarias clínicas ou cirúrgicas da referida instituição. A coleta de dados ocorreu nos meses de março e abril de 2014, por meio de entrevista semiestruturada. Antecedeu essa etapa a anuência da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com CAAE nº 22821513.1.0000.5537, como também assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos entrevistados. O tratamento dos dados ocorreu à luz da Técnica de Análise de Conteúdo na modalidade de categorias temáticas proposta por Bardin. Das falas emergiram as categorias: “Priorizando a presença na hospitalização do filho” e “Vivenciando dificuldades durante a hospitalização do filho”, as quais foram analisadas e discutidas com base na literatura sobre a criança no âmbito da “Família no contexto da hospitalização da criança” e as “Considerações sobre os cuidados com a criança”. Constatou-se que os entrevistados ao vivenciaram a hospitalização do filho inseriram-se em um contexto de participação ativa de tarefas e compartilhamento de responsabilidades. Assim, com base no estudo considerou-se a necessidade da efetivação dos direitos do pai enquanto ente familiar na prática dos cuidados com os filhos em detrimento à questões sociais e de gênero ainda presente na sociedade contemporânea. Nesse sentido faz-se relevante que a equipe de Enfermagem considere as situações diversas enfrentadas pelo pai durante o período de internação infantil tendo como premissa à aproximação deste do processo do cuidar do infante minimizando as seqüelas advindas do afastamento da criança no âmbito familiar.