Um Corpo Cavalgado - A Pomba-Gira como Mito-Guia na Criação Performática
PPomba-Gira, Mito-guia, Mitodologia em Arte, Feminismo Negro, Teatro Ritual
O trabalho visa a investigar a Pomba-Gira sob a perspectiva do mito-guia (LYRA, 2013), experienciado corporalmente, a partir da criação de uma série de performances destampadas pela Mitodologia em Arte (LYRA, 2013) propõe um caminho de procedimentos na restauração da imagem e do mito como disparadores do reconhecimento de si. Na experiência de performar a Pomba-Gira, acaba-se por tensionar o termo pejorativo de “mulata”, ao trabalhar imagens associadas à ideia de figuras femininas objetificadas pela sexualidade e advindas de um contexto histórico de discriminações por serem de matrizes africanas. Sendo mulher negra, a pesquisadora, dá corpo à figura da Pomba-Gira, discute questões sobre racismo estruturante e feminismo negro, procurando trazê-las para o âmbito das artes cênicas. Em convergência com o material acerca da Mitodologia em Arte, de Lyra, busca-se dialogar também com os conceitos de Pedagogia das Encruzilhadas, Luiz Rufino (2019). Pomba-Gira, Andréa Lage (2004), Stefania Capone (2003) Reginaldo Prandi (1996), Racismo, Grada Kilomba (2019), Interseccionalidade, Angela Davis (1981) e Performance, Renato Cohen (2002) para investigar o mito da Pomba-Gira.