ABRE A CABAÇA! DENTRO DA CABAÇA ESTÁ SUA MÃE E MINHA HISTÓRIA
Corpo Encruzilhada; Corpo Cabaça; Corpo Mãe; Processo de Criação; Artes Cênicas.
A pesquisa "ABRE A CABAÇA! Dentro da cabaça está sua mãe e minha história" se propõe destacar as múltiplas gestações e percursos que compõem uma obra poética oriunda da ancestralidade e da reelaboração mítica e imagética, dando assim continuidade a uma análise reflexiva, criativa, etnográfica e contra colonial que parte da memória do corpo nas seguintes escritas visuais: “Oid’água” e “CORPO – MÃE CORPO – CRIA”. A organização desses devaneios imagéticos culmina na idealização do CORPO CABAÇA enquanto conceito motriz que estabelece diálogos sobre a criação artística e a materna. Nesse contexto é no interior do CORPO da CABAÇA que ações criativas e sociais são desenvolvidas com base na evocação de mitos e memórias no/do território pelo movimento do cotidiano e da ancestralidade. Destaca-se inicialmente o acesso à reminiscência ancestral de uma corporalidade matrilinear, a figura de “PYRYGO” em “Oid’água”, seguido da assimilação da segunda obra CORPO-MÃE CORPO-CRIA enquanto suporte do movimento de sabedorias fragmentadas ao longo da experiência colonial. O Corpo Cabaça é a cuia que alimenta, é a fonte das sementes que germinam a trama desta escrita que investiga a construção de vivências poéticas e o reflorestamento de imaginários. É pelo corpo que a memória de ancestralidade se reconstrói e se manifesta no presente buscando aterrar mundos.