O CAPITAL COMO ARTESÃO DO SOFRIMENTO: IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO ADOECIMENTO MENTAL
Saúde do Trabalhador; Saúde Mental do Trabalhador; Determinação Social da Saúde; Adoecimento Mental.
A decomposição do trabalho em sentido ontológico e a agudização das expressões da questão social deixam cada vez mais evidente a desigualdade social e econômica característica do Modo de Produção Capitalista, os quais se configuram como objeto de intervenção do Serviço Social. A implicação deste sistema socioeconômico pode ser expressa de diversas formas, como a dificuldade dos trabalhadores e trabalhadoras de garantirem meios para a reprodução de sua força de trabalho e a sua degradação em sentido físico e mental. Nesse sentido, este trabalho objetiva apreender quais são as mediações entre o adensamento da precarização do trabalho e o adoecimento mental no processo de reprodução da força de trabalho no Brasil no início do século XXI. Mais especificamente, pretende-se: analisar o Estado da Arte do Serviço Social frente às temáticas de saúde mental, saúde do trabalhador e saúde mental do trabalhador nos últimos dez anos; examinar os principais indicadores de adoecimento mental da classe trabalhadora no Brasil; e elaborar a crítica do debate acerca do adoecimento mental da classe trabalhadora em sua relação com a atuação da/o assistente social. Para alcançar o que foi proposto, a metodologia partiu da realização de um estudo bibliométrico e documental de organizações mundiais. A análise teve como matriz teórica o materialismo crítico-dialético e como técnica de análise a Análise de Conteúdo. Neste momento, está descrito o percurso metodológico e um ensaio dos próximos passos.