As necessidades humanas em Agnes Heller
Necessidades Humanas. Agnes Heller. Necessidades radicais
O projeto de tese ora apresentado tem como categoria central de análise as necessidades humanas discutida a partir da contribuição da filósofa húngara Agnes Heller. A justificativa do estudo em epígrafe relaciona-se com o fato de que, apesar de ser significativamente utilizada, a produção científica de Heller no tocante às necessidades humanas ainda se constitui como um campo de incógnitas na produção teórica do Serviço Social. Nesse sentido questionamos qual a contribuição de Agnes Heller sobre as necessidades humanas e como a categoria de necessidades radicais se situa no debate helleriano, tentando identificar se é possível articular o debate das necessidades humanas e radicais a partir de Heller ao arcabouço teórico marxiano. Inferimos que a obra de Heller sobre as necessidades humanas associa-se às influências que estiveram presentes nos escritos juvenis de Marx e Lukács. Além disso, ao nosso ver, Heller começa a se afastar do aporte teórico marxiano mesmo antes de ausentar-se da Hungria. Por isso, pensamos que ainda em 1970 ela começa a realizar um trânsito de pensamento que a levaria, paulatinamente, a afastar-se do “seu Marx”. Portanto, com este estudo objetivamos de maneira geral analisar as necessidades humanas a partir da contribuição de Agnes Heller, analisando especificamente o contexto, a composição e a importância da Escola de Budapeste; abordando a vida e a obra de Agnes Heller até o início de 1980; e discutindo a sua principal obra sobre o tema, Teoria das Necessidades em Marx, problematizando o debate sobre a categoria de Necessidades Radicais. Este trabalho se vincula ao método da vertente crítico dialética em Marx. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizamos as técnicas de pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, a partir da utilização de fontes primárias e secundárias, através de leituras e fichamentos de materiais disponíveis em meio eletrônico ou em exemplares físicos.