O ENTRELAÇAMENTO ENTRE ASSISTÊNCIA SOCIAL E TRABALHO INFORMAL: verdades e equívocos em tempos de crise do capital
Assistência Social. Pobreza. Informalidade.
A dissertação ora apresentada gesta-se do interesse de analisar a atuação do Estado, através da materialização dos cursos profissionalizantes, no processo de inserção dos usuários do CRAS-Pajuçara na informalidade. Para tanto, partimos da premissa que a pobreza e a desigualdade social atingem uma parcela significativa da população mundial, num contexto em que a família da classe trabalhadora é vista como uma das alternativas para o enfrentamento das múltiplas expressões da questão social. Assim, frente às mudanças da Reestruturação Produtiva, marcada pela flexibilização, terceirização e precarização das relações do mundo do trabalho, a família da classe trabalhadora deve encontrar saídas para garantir a sua sobrevivência. Nessa direção, discutimos os avanços, limites e desafios postos à Política de Assistência Social na contemporaneidade, situando neste contexto, a atuação do Estado. Além disso, debatemos a funcionalidade da informalidade para o sistema capitalista, mostrando como o capital se apropria do trabalho informal, inserindo-o na sua lógica, e assim, torna a relação capital-trabalho cada vez mais predatória, desumana e desigual. Os procedimentos metodológicos adotados para elaboração desse estudo se constituem de pesquisa bibliográfica e documental, além de 10 entrevistas semi-estruturadas direcionadas aos usuários do CRAS-Pajuçara, partícipes dos cursos profissionalizantes, no período de 2010-2011. À luz da racionalidade crítico-dialética, e num contexto em que o trabalho informal tem sido cada vez mais cooptado como alternativa ao desemprego descomunal, na mesma direção, em que a assistência social se eleva no enfrentamento à desigualdade social, o escopo desse estudo, discute e desvela as verdades e equívocos que circundam este discurso burguês, em tempos de crise do capital, no município de Natal-RN.