Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCIANA DO NASCIMENTO SIMIAO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANA DO NASCIMENTO SIMIAO
DATA: 18/11/2013
HORA: 18:30
LOCAL: sala multimeios NEPSA/CCSA
TÍTULO:

A (IN) SUSTENTABILIDADE DO CAPITALIMO VERDE: uma análise crítica

PALAVRAS-CHAVES:

Capitalismo, Questão socioambiental, Desenvolvimento Sustentável, Ecossocialismo

PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
RESUMO:

A relação histórica de intervenção do homem sobre a natureza tem sido pautada por sua exploração em caráter predatório. As relações sociais, por sua vez, são engendradas na lógica da exploração do homem sobre o homem, ambas em diferentes tempos históricos. Portanto, remontam o passado histórico de antigas civilizações na Terra. Todavia, é na sociedade capitalista que esses processos se acirram e se tornam complexos em sua dinâmica. Assim, quando situados e analisados nas complexas relações de produção e reprodução da sociedade capitalista, moderna e contemporânea, configuram a questão socioambiental que abrange o conjunto articulado das problemáticas ambientais e sociais neste universo. Na contemporaneidade, tais problemáticas assumem contornos catastróficos, considerando a lógica produtivista do mercado capitalista, propulsor da produção e consumo excessivo de bens supérfluos. Isto, à satisfação das “necessidades humanas” associado aos padrões econômico-produtivos vigentes. Assim, as crises ambientais e sociais são catalisadores desses processos destrutivos. E no lastro histórico dos últimos quarenta anos estão em plena evidência tanto do ponto de vista ambiental quanto social. Neste contexto, a realidade caótica socioambiental no capitalismo dá origem às preocupações e debates sobre estratégias de preservação ambiental e equilíbrio social, num movimento ambientalista heterogêneo, multissetorial, antagônico e dialético porque é pautado por diferentes interesses e perspectivas. Os Estados, Nações, classes dominantes, a sociedade civil como um todo passam a perceber as dimensões dessas problemáticas, e assim a articularem-se, organizando-se politicamente para debater estratégias, definir acordos de associação e cooperação entre países, em grandes conferências, fóruns, comitês, cúpulas, dentre outros. Deste processo, surgem conceitos como: Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde. Estes, envoltos de perspectivas ideo-políticas estratégicas para o estágio atual do capitalismo, que inclusive, tem impulsionado uma nova fonte lucrativa, o mercado dos “negócios verdes”. Não por acaso, o mercado financeiro se coloca como grande vetor no conceito de economia verde, ratificando o mercado livre e autorregulador neoliberal, numa conjuntura de mercadores desregulados e em profunda crise. Assim, os debates hegemonicamente empreendidos e amplamente assumidos nos discursos versam sobre estratégias que conduzam as sociedades ao desenvolvimento sustentável, dentro dos padrões econômico-produtivos vigentes- o que expressa uma relação contraditória e insustentável, pois o contexto corrobora a necessidade histórica de ruptura com os mesmos. Esta proposta de pesquisa, de cunho bibliográfico, se lança no desafio de problematizar e descortinar numa direção crítica as perspectivas ideo-políticas do capitalismo verde, ou seja, dessa nova “ética” do capital, identificando as contradições históricas e as dimensões ideológicas e políticas que perpassam os discursos, que vem obscurecendo e suavizando as relações de (re) produção sociais capitalistas. Para tal, problematizaremos a participação das empresas brasileiras ItaúUnibanco, Natura e Petrobrás  que agregaram aos seus processos produtivos o que chamam de tecnologias limpas, ganham premiações por práticas sustentáveis, realizam projetos e ações sociais, identificando o retorno em marketing social, em lucros e proteção estatal.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714329 - ANDREA LIMA DA SILVA
Externo à Instituição - ANGELA SANTANA DO AMARAL - UFPE
Interno - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS