Diferenças individuais são características únicas que se desenvolvem ao longo da vida do indivíduo, e são formadas com base na predisposição genética e experiências vividas. Essas diferenças individuais podem modular (inibindo, favorecendo ou amplificando) a expressão dos comportamentos, incluindo os comportamentos sexuais de risco. Comportamentos sexuais de risco são aqueles que expõem o indivíduo ao risco físico, como acometimento por infecções sexualmente transmissíveis (IST), e ao risco social e vulnerabilidade, como a gravidez precoce. O objetivo deste trabalho é investigar as diferenças individuais que estão relacionadas à propensão aos comportamentos sexuais de risco, assim como variáveis relacionadas às características do indivíduo, como uso de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) e tendência não-monogâmica. A coleta de dados será feita online e os participantes deverão responder a instrumentos de medida de personalidade, impulsividade na tomada de decisão, busca por sensações sexuais, estratégia de história de vida e orientação sociossexual, além de um questionário sociodemográfico com informações sobre comportamentos sexuais de risco. Nos últimos anos, houve um grande aumento no número de pessoas que contraíram infecções sexualmente transmissíveis aqui no Brasil. O vírus da imunodeficiência humana (HIV) não tem cura, enquanto outras IST, como sífilis e gonorreia, têm cura, mas estão começando a desenvolver resistência aos antibióticos. Portanto, a profilaxia é o meio mais eficiente de combater a propagação das IST. Tendo isso em vista, este trabalho irá contribuir com informações relacionadas a este problema de saúde pública, proporcionando maior entendimento acerca de quais características individuais estão relacionadas aos comportamentos sexuais de risco, e assim, colaborar para que meios de intervenção sejam mais eficazes, evitando que mais pessoas se exponham aos comportamentos sexuais de risco.