Realidade ou ficção? A influência da autopercepção como parceiro romântico e da autoestima na escolha e preferência de parceiros românticos
Autopercepção, escolha de parceiros, autoestima, nível socioeconômico, orientação sexual.
Escolha de parceiros românticos é algo que presenciamos o tempo todo no nosso dia-a-dia. Inúmeros casais, sejam eles de curto ou de longo prazo, estão sempre se formando ou se separando, impulsionados por diversos motivos. Mas o que leva uma pessoa a escolher a outra? Existem alguns comportamentos que são considerados padrões na hora de procurarmos por um parceiro romântico. Em geral, homens e mulheres procuram por características em seus parceiros que possam gerar-lhes certos benefícios. Porém, a escolha de um parceiro romântico não se baseia apenas no que o indivíduo deseja em um parceiro, mas também no que ele tem a oferecer. Para isto, o sujeito leva em consideração o modo com o qual ele se percebe (processo chamado de autopercepção ou autoavaliação) dentro de determinado ambiente. Assim, a autoavaliação pode mudar de acordo com o contexto no qual o sujeito está inserido. Fora o ambiente, a autoestima pode ser um fator que modifica as preferências de parceiros românticos e a forma com a qual as pessoas escolhem estes parceiros por poder influenciar na maneira com que as pessoas se avaliam. A maioria dos estudos que deram origem a padrões hoje considerados universais no estudo de escolha de parceiro romântico foram realizados com universitários, o que pode dificultar a abrangência do estudo por contemplar pessoas de mesmo nível educacional e, possivelmente, socioeconômico. A presente pesquisa, realizada até agora no Brasil, onde a taxa de desigualdade social elevada, mostra diferenças no comportamento reprodutivo encontrado na maioria dos estudos. Além disso, a primeira parte da pesquisa trata-se de preferências de parceiros românticos, sendo criticado por alguns pesquisadores por não se tratar de uma abordagem baseada na escolha real destes parceiros. Deste modo, uma das presentes propostas é buscar dados com parceiros reais para verificarmos se, de fato, as preferências representam as escolhas, como alguns autores defendem. Outra proposta é realizarmos um trabalho comparativo de preferência e escolha de parceiros românticos em homossexuais e em heterossexuais tendo em vista que o número de pessoas assumidamente não-heterossexuais aumenta no decorrer do tempo e os estudo de escolhas de parceiros os envolvendo ainda é muito escasso.