Biomarcadores psicofisiológicos do estresse em mulheres sob tratamento de fertilização in vitro
Cortisol, ansiedade, suporte social, modo de enfrentamento, reprodução assistida.
Uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizada atualmente é a fertilização in vitro (FIV), porém, a taxa de sucesso média mundial observada para essa terapia é de cerca de 30%. Aspectos ovarianos e do embrião, além de fatores individuais, parecem contribuir para o desfecho do tratamento. Uma vez que a FIV envolve estressores físicos e psicológicos, estudos de biomarcadores do estresse são importantes a fim de tentar incrementar o resultado do tratamento. Um estudo prévio do nosso grupo de pesquisa observou que os níveis de ansiedade-estado e da reatividade do cortisol salivar ao despertar estavam aumentados nas pacientes que não alcançaram a gravidez. Observou-se também uma correlação direta entre os níveis de ansiedade e os níveis de estresse, e uma correlação inversa de ambos com a percepção do suporte social, que estava reduzida em pacientes com modo de enfrentamento evitativo. Diante dos resultados relevantes e do interesse em aprimorar essa pesquisa uma nova etapa está sendo realizada. O presente estudo trata-se dessa continuação, na qual pretende-se introduzir um novo biomarcador, o cortisol plasmático, aumentar os dias de investigação dos marcadores ao longo do tratamento e avaliar suas modulações sobre novos parâmetros: o número e qualidade de oócitos e de embriões. Com isso esse trabalho objetiva analisar como aspectos psicofisiológicos associados ao estresse se correlacionam com o processo da fertilização in vitro.