Banca de DEFESA: LARISSA DA MATA OLIVEIRA PRADO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LARISSA DA MATA OLIVEIRA PRADO
DATA : 27/09/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

PREFERÊNCIA DE COR E BRILHO EM SUBSTRATO PELO PEIXE ELÉTRICO SUL-AMERICANO ITUÍ-CAVALO (Apteronotus albifrons)


PALAVRAS-CHAVES:

Visão de cores; Preferência de substrato; Gymnotiforme; Apteronotus albifrons.


PÁGINAS: 44
RESUMO:

A ordem Gymnotiforme abrange peixes elétricos de ondas fracas que são amplamente utilizados como modelos animais para estudos em eletrocomunicação. O corpo teórico referente à visão desses animais é escasso, uma vez que possuem olhos pouco especializados em relação ao sentido elétrico. Em comparação às evidências fisiológicas do Gymnotiforme Eigenmannia virescens, estima-se que o peixe elétrico sul-americano Ituí-cavalo (Apteronotus albifrons) possua visão monocromata sensível a longos comprimentos de onda. Entretanto, nenhum experimento demonstrou a percepção de cores nesse animal por base comportamental, assim como não foi investigada a influência da pista de brilho em seu comportamento natural. No presente estudo, oito Ituí-cavalos no laboratório de Ecologia Sensorial da UFRN foram testados para preferência de brilho e cor por comparações em substratos. As seleções dos estímulos foram realizadas através de modelagem visual para visão fotópica e mesópica do peixe sob iluminante de 800 e 8 lux, respectivamente. Os parâmetros de brilhos foram referenciados em 40, 65, 70 e 100% ao padrão de refletância da cor cinza, enquanto os parâmetros de cromaticidade em 100% do padrão de refletância das cores amarela e verde. Substratos circulares foram seccionados em três partes iguais, sendo um para o experimento de brilhos, dividido em cinza40 (escuro), cinza65 (intermediário) e cinza100 (claro), e um para o de cores, dividido em amarelo100, verde100 e cinza70. Considerando a visão do peixe, as áreas utilizadas no teste de brilho foram controladas para o mesmo valor cromático e variância apenas em valor acromático, incitando discernimento unicamente baseado na pista de brilho; no teste de cor, todas as áreas foram controladas para o mesmo valor acromático e variaram apenas em valor cromático, garantindo que o animal só as diferenciasse caso possuísse visão de cores. Foi registrado como parâmetro determinístico de preferência o tempo gasto/área do estímulo. Os resultados mostraram que o Ituí-cavalo possuiu preferência populacional por brilhos mais escuros, evitando o mais claro, e que as eventuais preferências de cor foram individuais e sem qualquer padrão discernível. A preferência por substratos escuros pode ser justificada como uma possível manobra para reduzir estresse e/ou risco de predação, assim como observado em Heterandria formosa, enquanto a preferência por cores se apoia em um possível desajuste da modelagem visual, visto que foi considerada a sensibilidade espectral de uma espécie próxima na ausência de evidências fisiológicas precisas para o Ituí-cavalo. Essas conclusões demonstram a importância da experimentação comportamental para a verificação prática de estudos fisiológicos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE CARREIRA BRUINJÉ - USP
Presidente - 1476621 - DANIEL MARQUES DE ALMEIDA PESSOA
Externo ao Programa - 350638 - MARIA DE FATIMA ARRUDA DE MIRANDA
Notícia cadastrada em: 24/09/2018 14:17
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