Escolha de parceiros românticos em pessoas em situação de rua sob a óptica evolucionista
Escolha de parceiros; seleção sexual; estratégias reprodutivas; pessoas em situação de rua.
O comportamento reprodutivo está presente em nossa sociedade desde os primórdios da vida animal e através dele foi possível que os indivíduos repassassem sua carga genética, facilitando assim um possível sucesso reprodutivo. Em humanos, as estratégias de curto e longo prazo nos relacionamentos românticos se mostram como fatores importantes de serem compreendidos para uma avaliação mais completa do quesito escolha de parceiros. Uma vez que é importante diminuir custos e aumentar as chances de sucesso na reprodução, muitos fatores estão envolvidos neste processo. Sendo assim, é importante obter uma visão macro do que leva os sujeitos a aderirem a um tipo de estratégia ou outro. Entretanto, nem todos os ambientes são os mesmos. Existem as vulnerabilidades sociais, a quantidade limitada de parceiros, os riscos envolvidos nas escolhas e a adoção ou não de comportamentos de risco de maneira geral. As pessoas em situação de rua possivelmente não irão se comportar da mesma maneira em termos de seleção sexual quando comparados ao restante da população e isso é demonstrado em diversos estudos contendo altos índices de doenças sexualmente transmissíveis. Deste modo o objetivo deste estudo é investigar as estratégias sexuais em pessoas em situação de rua, e identificar a inclinação a submeter-se a comportamentos de risco. Propomos que os sujeitos com disposição a encarar relacionamentos mais estáveis e duradouros irão apresentar tendência a uma menor exposição a comportamentos de risco, em busca de manterem-se saudáveis, aumentando assim as chances de encontrar um parceiro adequado. Também inferirmos que as experiências familiares prévias tendem a influenciar os tipos de estratégias adotadas futuramente ao escolher parceiros românticos.