ESTUDOS TÉRMICOS (TG/DTG, DTA, DSC e DSC-FOTOVISUAL) DE PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO DA RIFAMPICINA.
RIFAMPICINA, 3-FORMYLRIFAMYCIN, RIFAMPICIN QUINONE, RIFAMPICIN N-OXIDE, ANÁLISE TÉRMICA.
Além da eficácia e qualidade, a segurança das substâncias ativas e do medicamento é um pré-requisito fundamental para indústria farmacêutica. Impurezas podem ser formadas do impacto do calor, luz, oxidantes dentre outras condições. Na rota dos estudos de pré-formulação, bem como avaliação de estabilidade de formulações e/ou API e excipientes, as técnicas térmicas (DSC, TG/DTA) tem surgido como alternativa as técnicas convencionais. A ausência de relatos de estudos térmicos a cerca dos produtos de degradação relacionados à rifampicina, tais como 3-formylrifamycin, rifampicin quinone e 3-formylrifamycin, a necessidade de aprofundamento de conhecimento a cerca de suas propriedades no que tange aspectos físico-químicos e físicos, com o intuito de melhor caracterizar as matérias-primas utilizadas na fabricação de medicamentos, melhoramento do desempenho da estabilidade das formulações e ganho de informação a cerca do comportamento térmico destas substâncias reforçam o objetivo deste trabalho que é a caracterização térmica, no que tange aos eventos térmicos dos produtos de degradação relacionados a rifampicina. As análises realizadas até o presente momento utilizaram as técnicas DSC convencional, DSC-fotovisual e FTIR. Foram caracterizados três eventos térmicos para rifampicina, corroborando com estudos de AGRAWAL (2004) e FREIRE (2009). A curva DSC para rifampicin quinone mostrou-se bastante influenciada pela variação nas razões de aquecimento. A rifampicin N-OXIDE apresentou 4 eventos térmicos. A 3-formylrifampicin apresentou conjunto de eventos térmicos que ainda precisam ser mais bem definidos através da técnica TG. As análises DSC fotovisual demonstraram alterações visuais durante as curvas DSC, sendo a decomposição com liberação de gazes ponto comum a todas as amostras. As características estruturais da rifampicina e suas impurezas refletem a possibilidade de uma rota final comum de decomposição possivelmente relacionada a quebra da ligação azometina (-N = CH -).