A PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS VOLTADOS À CLÍNICA OBSTÉTRICA E/OU GINECOLÓGICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Medicamentos. Propaganda. Prescrição.
INTRODUÇÃO: A propaganda de medicamentos estimula a automedicação e o uso irracional de medicamentos, principalmente quando passa a interferir na prescrição médica. A monitoração da propaganda, assim como a observação da sua influência sobre os profissionais de saúde, torna-se necessária frente a esse eminente problema de saúde pública. OBJETIVOS: Analisar propagandas de medicamentos dirigidas a médicos ginecologistas e/ou obstetras frente à legislação vigente assim como sua influência sobre a prescrição. METODOLOGIA: A amostra foi composta por propagandas de medicamentos divulgadas aos médicos ginecologistas e/ou obstetras que foi analisada de acordo com a RDC96/2008. Para a avaliação da influência da propaganda sobre a prescrição, foi aplicado um questionário aos médicos ginecologistas e/ou obstetras e avaliadas prescrições de uma maternidade pública. RESULTADOS E CONCLUSÕES PRELIMINARES: 52% das propagandas analisadas obedecem a RDC nº 96/2008 na maioria dos itens avaliados e 48% delas cumpriram na íntegra a legislação vigente; os médicos entrevistados mantêm a prática de receber a visitação de propagandista, inclusive no serviço público, recebem brindes oferecidos pela indústria e acreditam que a propaganda de medicamentos tenta influenciar a prescrição. Muitos utilizam o material fornecido pelo propagandista como fonte para sua prescrição, embora tenham uma visão crítica perante o mesmo; a utilização de nome comercial/marca na prescrição é uma prática comum entre os médicos entrevistados, inclusive no serviço público, o que sugere uma influência da propaganda de medicamentos sobre a prescrição.