AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE FORMULAÇÕES LÍQUIDAS ORAIS DE SULFADIAZINA OBTIDAS A PARTIR DE COMPRIMIDOS
Sulfadiazina. Formulação pediátrica oral. Estabilidade. CLUE.
A falta de formas farmacêuticas líquidas orais disponíveis comercialmente é um problema contínuo para os profissionais de saúde na prática clínica, sendo necessário buscar estratégias para solucioná-lo. A sulfadiazina (SDZ) é um dos fármacos utilizados para o tratamento pós-natal da toxoplasmose congênita, entretanto a única formulação oral comercialmente disponível é o comprimido 500 mg, dificultando a administração do medicamento em recém-nascidos, lactentes e crianças. Atualmente, a melhor forma de resolver a carência de medicamentos para pacientes pediátricos é através do preparo de soluções extemporâneas obtidas a partir de formas farmacêuticas sólidas. Todavia, o maior problema com estas preparações líquidas é a ausência de informação a respeito da estabilidade destas preparações. Desta forma, o objetivo do estudo foi desenvolver formulações líquidas extemporâneas de SDZ, a partir do tratamento convencional de pacientes adultos (comprimidos), e avaliar a estabilidade físico-química e microbiológica. Para determinação do teor de SDZ foi utilizada a Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência (CLUE). O método analítico desenvolvido foi validado, provando ser seletivo, linear, preciso, exato e robusto. Além disso, os ensaios microbiológicos demonstraram que o ácido p-aminobenzóico foi um neutralizante químico eficaz na neutralização da atividade antimicrobiana e isento de toxicidade para os microrganismos testados. O estudo de estabilidade será conduzido nas temperaturas de 5 ºC e 25 ºC, avaliando as características organolépticas, o pH, a morfologia das partículas, a viscosidade e o teor da SDZ nas diferentes formulações nos tempos 0, 7, 14, 30, 45, 60 e 90 dias. Ademais, a contagem microbiana e a pesquisa de patógeno será realizada nos tempos zero, 30, 60 e 90 dias. Espera-se que as formulações apresentem estabilidade física, química e microbiológica ao longo de 3 meses, garantindo segurança e eficácia. Além de minimizar os erros de dose mais comuns, melhorar a adesão ao tratamento e consequentemente a evolução do paciente, aumentando sua qualidade de vida e reduzindo os custos à sociedade.